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Notícias | Região Operação Egypto

Coronavírus prejudica leilão de carros da InDeal

Em razão do momento econômico desfavorável, apenas nove dos 34 automóveis apreendidos foram arrematados em dois pregões eletrônicos

Por Silvio Milani
Publicado em: 15.04.2020 às 07:00 Última atualização: 15.04.2020 às 08:13

Depois do segundo leilão dos 34 carros apreendidos com donos da empresa InDeal, realizado na segunda-feira no auditório da Justiça Federal, em Porto Alegre, a equipe responsável pelo pregão eletrônico decidiu solicitar reavaliação dos valores. O entendimento é que, em razão da pandemia do coronavírus, o momento econômico não é favorável para negócios do gênero. Apenas nove foram vendidos, com arrecadação de R$ 1,1 milhão dos R$ 6,1 milhões esperados.

Único veículo arrematado no primeiro leilão, no dia 1º de abril, uma Mercedes-Benz GLC 250 é o mais caro entre os já negociados. Saiu por R$ 224 mil. Os outros oito tiveram lances nesta segunda. A maior avaliação geral é de uma Ferrari California ano 2009, com 14.989 quilômetros rodados e pedida de R$ 670 mil. Cada automóvel tem desconto de 20% sobre o valor estimado. Vários da lista são blindados.

"As avaliações foram feitas em 2019, em outra realidade. Hoje, devido ao baixo consumo gerado pela crise, é necessário uma readequação nos valores", declara Bruno Cardoso, da equipe leiloeira Joyce Ribeiro. Caberá ao Ministério Público e Judiciário decidirem por novos cálculos. A expectativa é de marcação de pregões para julho ou agosto.

Dinheiro vai para conta judicial

O leilão é a maneira legal de evitar depreciação dos veículos. O dinheiro arrecadado vai para uma conta judicial. Ao final do processo criminal, deve ser usado para pagar multas da InDeal com o governo e outras dívidas com credores. Fechada em maio do ano passado pela Operação Egypto da Polícia Federal, que prendeu cinco sócios e outros cinco do núcleo de comando, a empresa sediada em Novo Hamburgo foi definida como pirâmide financeira. Conforme as investigações, lesou 23,2 mil clientes, atraídos por rendimentos irreais em criptomoedas. O Ministério Público estima dívida de aproximadamente R$ 1,1 bilhão com os investidores e afirma que não haverá dinheiro para pagá-los. Todos os réus estão soltos.

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