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Notícias | Região Veja a situação das casas de saúde

Nos hospitais da região, 65% dos leitos de UTI estão ocupados

Índice leva em conta informações repassadas por seis hospitais, já contando com o Bom Jesus, de Taquara

Por João Victor Torres
Publicado em: 17.04.2020 às 05:00 Última atualização: 17.04.2020 às 15:07

Hospital Bom Jesus volta a atender a comunidade Foto: Divulgação
Com a retomada nos atendimentos do Hospital Bom Jesus, em Taquara, nesta quinta-feira (16), a região tem um reforço importante na saúde. De forma prática, representa uma dezena de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) a mais. E num momento importante, quando o Estado se prepara para enfrentar a fase crítica da pandemia de coronavírus.

Em oito hospitais nos Vales do Sinos, Caí e Paranhana, existem pelo menos 142 espaços para este tipo de internação. Só que nem todos pertencem à rede pública. Neste quantitativo estão as 34 vagas do Hospital Regina, que destina parte deles ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas também internações a pacientes particulares e convênios. Além disso, há 12 leitos da unidade de terapia intensiva do Hospital Unimed.

Ocupação de leitos

Sete hospitais foram contatados nesta quinta-feira (16) e seis informaram o número de pacientes nestas unidades e o total era de 69. As informações foram fornecidas pelo Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH), Hospital Centenário (São Leopoldo), Hospital Sapiranga, Hospital Montenegro, Hospital Lauro Reus (Campo Bom) e Unimed. Estas casas de saúde totalizam 108 leitos de UTI.

Se levarmos em conta apenas os dados fornecidos por hospitais públicos, exceto o Bom Jesus que retomou as atividades na quinta-feira (16), a capacidade instalada era de 96 leitos de UTI e 63 registravam internações, o que corresponde a 65% de ocupação.

Até por conta disso, o governador Eduardo Leite disse que a reabertura do hospital de Taquara ocorre em boa hora, mas enalteceu os esforços para assegurar a volta dos atendimentos.

Momento exige atenção máxima, diz Ráfaga

O diretor-presidente da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo, Ráfaga Fontoura, explica que a atenção é máxima neste momento em especial pela aproximação com a fase aguda da pandemia. "Sabemos, com base nos dados mundiais, que nenhum sistema de saúde suporta o pico de casos do novo coronavírus", pontua. Além disso, explica que os esforços na cidade estão concentrados em aumentar a oferta de leitos disponíveis. "Por isso, as medidas de isolamento social são importantes para mantermos a curva achatada".

 

Situação dos leitos na região

Leitos totais

Hospital Municipal de Novo Hamburgo - 20 leitos*

Hospital Regina - 34 leitos

Hospital Unimed - 12 leitos

Hospital Centenário (São Leopoldo) - 24 leitos**

Hospital de Montenegro - 10 leitos

Hospital Lauro Reus (Campo Bom) - 10 leitos

Hospital Bom Jesus (Taquara) - 10 leitos

Hospital Sapiranga - 22 leitos***

*No HMNH dez leitos são regulados pelo Estado e o restante é de responsabilidade do Município.

***No Centenário, são seis leitos de UTI adulto, oito leitos de UTI neonatal e dez especificamente para Covid-19.

***No Hospital Sapiranga, são sete leitos de UTI adulto, dez neonatal e cinco para Covid-19.

Leitos ocupados

Hospital Municipal de Novo Hamburgo - 17*

Hospital Regina - NF

Hospital Unimed - 6

Hospital Centenário (São Leopoldo) - 17**

Hospital Montenegro - 8

Hospital Lauro Reus (Campo Bom) - 8

Hospital Sapiranga - 13***

Hospital Bom Jesus (Taquara) - reabriu ontem

*Dez leitos ocupados regulados pelo Estado e sete do Município.

**Seis leitos ocupados na UTI adulto, sete neonatal e quatro na UTI para Covid-19, mas tem quadro de saúde a inspirar cuidados.

***Seis na UTI adulto e sete na neonatal.

NF - o Hospital Regina não forneceu esses dados.

Ampliação de leitos de UTI no Hospital Municipal pode levar mais de um mês

A espera pela ampliação de leitos de UTI em Novo Hamburgo pode demorar mais de um mês. No dia 13 de março o secretário da Saúde de Novo Hamburgo, Naasom Luciano, anunciou que o Hospital Municipal ganharia cinco novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) porque a unidade seria referência em atendimento para casos de coronavírus.

O Estado havia procurado a Prefeitura para ofertar esses leitos, além de recursos e equipamentos. No entanto, até o momento, a Administração Municipal ainda não recebeu retorno do governo sobre os leitos novos prometidos, com a informa a assessoria de imprensa. Questionada sobre o assunto, a Secretaria Estadual da Saúde orientou que a reportagem consultasse o plano contingência hospitalar, divulgado na semana passado.

Segundo este documento, até dia 3 de junho a Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo deve recebe cinco leitos de UTI e dez leitos de clínicos, oriundo de recursos do Estado e do Ministério da Saúde.

Segundo a assessoria de imprensa do Município, hoje o hospital conta com dez leitos de UTI habilitados, com regulação do acesso pelo Estado. Estes leitos não são exclusivos para covid-19 e atualmente estão 100% ocupados atualmente. Destes leitos, sete estão ocupados com pacientes de comorbidades em geral e os três são utilizados por pacientes com coronavírus

O município administra mais dez leitos, equipados com equipamentos de UTI, junto ao setor de emergência para os atendimentos ao hospital. Estes leitos estão com 80% de ocupação, variando em função de estarem na emergência.

A assessoria esclarece que é exclusivo aos pacientes com coronavírus, moradores de Novo Hamburgo, conforme o plano de contingência municipal, são os leitos de internação clínica de enfermaria. Hoje este espaço conta com dois pacientes internados, em um total de 23 leitos disponíveis.


162 respiradores nos hospitais públicos

Nas casas de saúde públicas, por exemplo, são 162 respiradores disponíveis. Este é o número atual, se contabilizados também os equipamentos nos hospitais de Estância Velha, Ivoti e Dois Irmãos, mas não possuem Unidades de Terapia Intensiva. Há cidades que podem ampliar a oferta ou ainda aguardam a chegada de equipamentos.

Campo Bom, por exemplo, tem 15 e espera por mais seis itens. Dois devem vir do Executivo e quatro são oriundos de doações de empresários da cidade. O Centenário, em São Leopoldo, tem 24 respiradores e chegará a 40, mas possui condições para receber outros dez. Já no Hospital Bom Jesus, de Taquara, podem ser instalados outros três, além dos dez que já possui, aumentando para 13.

Em território estanciense, a prefeitura informa que está com a compra adiantada para obter o quarto respirador do Hospital Municipal Getúlio Vargas. Já o Hospital São José, de Ivoti, conta com cinco itens e aguarda por mais três, que devem ser repassados pela administração ivotiense. A unidade recebeu um respirador da prefeitura de Presidente Lucena.


 

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