Marcada para 4 de outubro, as eleições municipais aguardam por definição. A pandemia de coronavírus, entre um de seus efeitos, deve resultar no adiamento do pleito previsto para daqui pouco mais de quatro meses. No Congresso Nacional, o assunto é discutido com maior intensidade entre os parlamentares nas últimas semanas.
Questionados, os deputados federais da região seguem a mesma linha de raciocínio do presidente da Câmara.
Giovani Feltes (MDB) comenta que é a favor de postergar o pleito. "Devido a situação anômala que vivemos em decorrência da Covid-19, entendo também a necessidade de adiar as convenções municipais, previstas inicialmente para o final de julho", justifica.
Já Lucas Redecker (PSDB) ressalta, ao defender o adiamento, que sua principal preocupação está atrelada à circulação de pessoas e, consequentemente, de candidatos na campanha. E se diz contrário a prolongar mandatos. "Se passarmos as eleições para o mês de dezembro, teremos ela dentro do prazo desse ano, e que a posse se mantenha no dia 1º de janeiro", complementa.
Por fim, Marcel van Hattem (Novo) lembra que a definição de uma eventual nova data para o pleito será dada pelo Congresso. "Consultar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se as eleições devem ser adiadas é inócuo. O TSE pode ser consultado sobre as condições da realização do processo eleitoral em determinado período, mas não é Tribunal quem o define", sublinha.
Dois dos três senadores gaúchos se posicionaram a respeito do assunto. Lasier Martins (Podemos) e Paulo Paim (PT) chancelam as posições de Feltes, Redecker e Van Hattem ao defenderem o adiamento.
"Sou inteiramente a favor, mas não a ampliação dos mandatos. Adiamento para novembro ou início de dezembro, porque 4 de outubro está se aproximando rápido e não há tempo para as convenções e definições de candidatos", avalia Lasier.
Paim endossa esse mesmo posicionamento. "É muito importante que as eleições aconteçam ainda este ano para fortalecer a democracia. Diante da crise sanitária, econômica e política, fica cada vez mais clara a inviabilidade de se manter em outubro", diz.
Procurado, Luis Carlos Heinze (PP) informou, por meio de sua assessoria, que prefere não se manifestar nesse momento sobre o tema.