Publicidade
Botão de Assistente virtual
Notícias | Região Investigação

Exame que detecta presença de pólvora não foi feito em delegado, diz boletim de ocorrência

Priscila Delgado de Barros foi sepultada sexta-feira em Parobé; Filipe de Morais, delegado responsável pela investigação, indica que o ocorrido foi uma tentativa de homicídio seguida de suicídio

Publicado em: 25.05.2020 às 12:05 Última atualização: 25.05.2020 às 12:12

Ainda que as explicações para a morte de Priscila Delgado de Barros, 27 anos, sejam escassas, a jovem foi sepultada no Cemitério São João Batista, em Parobé, na última sexta-feira (22). Ela foi encontrada morta após uma suposta briga do casal, na última quarta-feira (20) com o seu namorado, o delegado Paulo Bilynskyj; ele está internado em estado grave.

Segundo o Metropoles, há diversas pontas soltas que ainda precisam ser esclarecidas pelos investigadores, como responder se Priscila foi morta ou se cometeu suicídio. As duas hipóteses são levadas em consideração pela Polícia Civil de São Paulo (PCSP). 

Uma investigação preliminar aponta como verdadeira a versão de Bilynskyj, que, baleado no dedo, perna e abdômen, passou por cirurgias. De dentro da unidade de terapia intensiva (UTI), o policial gravou um vídeo que foi divulgado nas redes sociais contando que a namorada teria disparado seis vezes contra ele e se matado em seguida. O motivo: ela teria lido uma mensagem de texto em seu celular.

Porém, o rumo das investigações não está concluído e há a possibilidade de o boletim de ocorrência ser convertido para feminicídio. Além disso, investigadores ouvidos pelo portal dizem que é preciso realizar uma perícia para identificar de qual arma saíram os tiros. Um policial militar que atendeu a ocorrência relatou na DP que contou oito estojos de munição e uma pistola Glock 9 milímetros com um carregador municiado ao lado, além de uma bala amassada no corredor que dá acesso à cozinha. Com isso, mais de sete disparos teriam ocorrido dentro do apartamento.

Exame não realizado

Uma dúvida surge ao longo da investigação: não foi possível realizar o exame residuográfico no delegado. Esse teste detectou resíduos de pólvora nas mãos de Priscila, mas o mesmo não foi feito em Paulo, pois segundo a ocorrência, ele estava passando por uma cirurgia após ser baleado. 

Cena do crime

Bilynskyj é professor de medicina legal em um cursinho preparatório para concursos públicos, e, segundo peritos entrevistados pelo UOL,  tecnicamente e hipoteticamente ele seria capaz de alterar a cena do crime. Haverá uma perícia no local para colher amostras de sangue, comparar possíveis marcas de tiro e ouvir vizinhos do casal, para saber se alguém escutou algo que possa contribuir com a investigação.

No momento, Filipe de Morais, delegado responsável pela investigação, indica que o ocorrido foi uma tentativa de homicídio seguida de suicídio. Sem conclusões até então.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.