Se não bastassem os altos índices de desemprego causado pela pandemia do novo coronavírus no Brasil, a população vai continuar sentindo os reflexos da economia agora num produto essencial neste momento de isolamento social. No fim de semana passado, a Petrobras promoveu reajuste de 5% no gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido por gás de cozinha, nas refinarias, e os valores devem chegar em breve às distribuidoras e nos revendedores.
Conforme levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 17 e 23 de maio, o valor médio de venda do botijão de gás de 13 quilos, no País, era de R$ 69,54. No mesmo período, o preço médio em Novo Hamburgo foi de R$ 65,49, com mínimo de R$ 60 e máximo de R$ 70. O levantamento levou em consideração 12 revendedores no Município.
Repasse imediato
De acordo com o Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases do Rio Grande do Sul (Singasul), para a maioria dos revendedores de gás de cozinha esse é o segundo aumento de maio, já para outros é o terceiro, e não será possível segurar o impacto. "O índice aplicado pelo distribuidor será repassado imediatamente ao consumidor", frisou o presidente do Singasul, Ronaldo Tonet, em nota no site do Sindicato.
Para Edson Machado, 57 anos, e que há 30 atua como revendedor de gás no bairro São Jorge, em Novo Hamburgo, não há mais como segurar o reajuste. Atualmente ele pratica o valor de R$ 62 no dinheiro, com cartão o preço sobe R$ 5. "Não havia repassado os reajustes anteriores, agora serei obrigado", afirmou. O botijão pode subir cerca de R$ 2,50 a R$ 3.
Além de Novo Hamburgo, a ANP pesquisou preços em cinco revendedores de gás de cozinha de Sapiranga, que apresentaram valor médio ao consumidor de R$ 68,60, com variação entre 67 e 70 reais. Já em São Leopoldo, em oito revendas de GLP, o preço médio foi de R$ 64,99, com variação no preço ao consumidor entre 60 e 75 reais.