A Polícia Civil acaba de divulgar mais um caso estarrecedor de abuso contra vulnerável ocorrido em Canoas. A prisão de um homem que, ao longo de quatro anos, estuprou a afilhada dentro da própria casa. O caso não é recente e acaba de vir à tona porque saiu o mandando de prisão preventiva, expedido pela 2ª Vara Crime de Canoas. "A Justiça bateu o martelo e fomos atrás dele para cumprir a prisão preventiva", aponta o delegado Pablo Queiroz Rocha, responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
"Foi quando a vítima relatou que já havia sido estuprada pelo acusado e que os abusos ocorriam quando ele aproveitava da ausência da mãe da vítima na casa", explica o delegado. "Ele tocava e manipulava o corpo da vítima insistentemente", aponta.
Ainda segundo o delegado, a namorado do homem preso ainda teria tentado "iludir" os policias, dizendo que o suspeito não estava em casa, como forma de evitar a prisão, contudo não deu certo. Ele foi capturado e permanece isolado na sede da Polícia Civil, aguardando para ser transferido em breve ao sistema prisional, conforme Pablo Rocha. "Está preso e deve continuar preso", concluiu o delegado.
A captura ocorrida no final de semana é mais uma a fazer parte da chamada Operação Innocentia, ação permanente orquestrada pela Polícia Civil de Canoas mirando a "repressão qualificada" a qualquer crime sexual cometido contra crianças e adolescentes. A ofensiva já levou uma dúzia de pedófilos à cadeia. "Enfrentar os crimes contra crianças é prioridade", garante o delegado Mario Souza, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana [DPRM]. “E o cumprimento imediato de medidas cautelares determinadas pelo Poder Judiciário contribui muito para a responsabilização dos autores, ainda mais em crimes gravíssimos como este que aconteceu.”