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Eles já tinham sacado R$ 9,6 mil relativos a 12 benefícios de 600 reais. “É possível que tenham feito mais vítimas, pois somente na nossa delegacia temos 50 ocorrências do golpe”, observa Quintão, que indiciará os quatro por estelionato. “Eles já foram ouvidos e confessaram.”
Conforme o delegado, o crime era praticado por meio de uso de dados pessoais das vítimas, como CPF, data de nascimento e nome da mãe, obtidos de forma fraudulenta em sites ilegais. Usaram o aplicativo Caixa Tem, da agência da Caixa Econômica Federal do bairro Canudos. “Houve saques através de boletos gerados em sites de compras on-line e também pelas contas bancárias das mães de dois autores na Caixa”, explica Quintão. De acordo com ele, as mães foram ouvidas e afirmaram desconhecer o esquema. “Elas declararam que os filhos disseram que era para receber pagamento por trabalhos informais.”
No dia dez do mês passado, o Jornal NH publicou uma reportagem sobre onda de golpes do auxílio emergencial. Já passavam de 100 ocorrências na Central de Polícia de Novo Hamburgo. Quando tentavam acesso ao seguro, as vítimas eram informadas que alguém já tinha sacado. Desde que foi lançado pelo governo em razão da crise financeira causada pela pandemia do coronavírus, no fim de março, borbulham pelo País fraudes no auxílio.
Conforme a Caixa, se comprovado saque fraudulento, o beneficiário será ressarcido. Em nota, a instituição salienta que eventuais contestações de saques podem ser formalizadas pelo beneficiário diretamente em qualquer agência. “A Caixa informa que atua de forma conjunta com os órgãos de segurança pública para mitigar riscos de fraudes e garantir um nível adequado de segurança no pagamento do Auxílio Emergencial. Sempre que detectada suspeita de crime, a Polícia Federal é acionada e recebe todas as informações para as investigações e intervenções necessárias.”
