As defesas civis de Novo Hamburgo e São Sebastião do Caí estão em alerta diante da chuvarada que ocorre na região desde o final da madrugada desta terça-feira (7). Mesmo que o nível dos rios do Sinos e Caí tenha baixado nesta manhã, comparado com o registrado ontem e sem ocorrências de alagamentos, os órgãos mantêm monitoramento em locais que historicamente têm mais problemas com enchentes.
Em Novo Hamburgo, o coordenador da Defesa Civil, o tenente Claudiomiro da Fonseca, informa que, mesmo sem registros de ocorrências, a equipe fará uma ronda nos bairros Santo Afonso, Canudos e Lomba Grande. Em São Sebastião do Caí, o bairro Navegantes é o que historicamente apresente mais problemas.
Sem alagamentos
Tenente Fonseca explica que não há registro de alagamentos. Nesta terça-feira pela manhã, complementa, a Defesa Civil esteve na Casa de Bombas. "Ela está funcionando e o nível da bacia de acumulação dela estava baixo", acrescenta.
Mesmo com a chuva, que voltou a cair na noite de ontem de forma constante, o nível do rio Caí baixou e, depois de ter atingido 7,62 metros na segunda-feira, às 14 horas, marcou 6,30 metros às 8 horas desta terça-feira. Em Novo Hamburgo, o Rio dos Sinos estava em 6,18 metros na manhã de hoje, contra os 6,22 metros de ontem.
Em ambos municípios, a maior preocupação é se o nível chegar aos sete metros, o que precisaria de muita chuva. "Esse decréscimo do nível do rio é porque a água está escoando no Guaíba. Se começar chover forte e constante o nível de rio começa a subir mais", estima Fonseca.
A mesma explicação tem a Defesa Civil do Caí. "O grande problema do Rio Caí é que ele tem uma caixa pequena e o volume exagerado de chuva causa enchente", relata Griebler. Ele exemplifica que se chover 100 milímetros na Serra, como previsto, em três dias, não acontece nada. Porém se chover 100 milímetros em 12 ou 15 horas há uma inundação de 3,5 metros. "O rio tem uma capacidade de escoamento, mas problema é o volume exagerado de água em pouco tempo", sintetiza.