Publicidade
Botão de Assistente virtual
Notícias | Região De olho nas águas

Rio dos Sinos atinge nível mais alto do ano em São Leopoldo e avança sobre a Rua da Praia

Até o meio-dia desta quarta-feira, o nível havia estabilizado em 4,44 metros; Defesa Civil monitora áreas ribeirinhas, mas ainda não famílias desalojadas

Publicado em: 08.07.2020 às 12:54 Última atualização: 08.07.2020 às 13:40

Rua da Praia alagada pelo avanço do Rio dos Sinos em São Leopoldo Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial
O Rio dos Sinos, em São Leopoldo, chegou nesta manhã de quarta-feira (8) a 4,44 metros (o mais alto do ano), já 14 centímetros acima do chamado nível de alerta para inundações (4,3m), e chegando próximo de uma situação de ameaça a moradias ribeirinhas. A Rua da Praia, às margens do rio, junto ao Centro leopoldense, no bairro Rio dos Sinos, segundo a medição da régua no sistema de hidrotelemetria da Rede Hidrometeorológica Nacional , monitorada pela Defesa Civil de São Leopoldo, o nível do Sinos se mantém estável desde as 7 horas da manhã desta quarta-feira, após se elevar sete centímetros na madrugada (a alta é de 27 centímetros nas últimas 24 horas).  No Vale do Caí o rio pode chegar a 13 metros, desalojando 1,2 mil pessoas. Já no Vale do Paranhana o avanço das águas obrigaram a retirada de mais de 150 família

Sem estragos

De acordo com a Defesa Civil, São Leopoldo ainda não tinha fortes estragos registrados, a não ser pontos isolados de alagamento devido à chuva incessante, que iniciou na madrugada de terça e persistiu durante toda o dia. O que mais se viu mesmo foram grandes poças pela cidade, principalmente na área central, que concentra conhecidos pontos onde empoça água, como na Rua Independência.

Já o Rio dos Sinos, que começou a baixar ainda na segunda-feira, chegando a registrar 4,14 metros às 7h30 de ontem, apresentou novo aumento a partir da manhã de terça-feira, batendo os 4,37 metros à meia-noite, e chegando aos 4,44 nesta manhã de quarta. Com isso, a Defesa Civil leopoldense segue em monitoramento e com alerta para possíveis inundações nas ruas da Praia, bairro Rio dos Sinos, e das Camélias, no bairro Pinheiro. A preocupação maior é que o volume de chuvas segue aumentando na região.

Clima

Desta vez não foi um ciclone-bomba, mas o fenômeno que atingiu o Estado nesta terça e quarta-feira (8) causou um verdadeiro dilúvio. Em cerca de 24 horas, até a manhã de hoje, em Porto Alegre choveu 142 mm, o equivalente a 118% da média histórica de julho inteiro (série histórica 1961-1990), segundo a MetSul Meteorologia. Na região metropolitana, choveu 127 mm no período de um dia.
Em São Leopoldo choveu menos, 88mm, 71% dos 123 mm da média histórica para o mê. Em Novo Hamburgo, o volume atingiu 111 mm, 90% da média histórica prevista para o mês todo, que é de 123 mm. Já em Canoas o volume foi mais alto: 131 mm, superando os 129 mm da média histórica para o mês

Aeroporto Salgado Filho registrou, às 3 horas da madrugada, rajadas de vento de 69 km/h, mas, por topografia e construções, vento superou 70 km/h dentro da cidade de Porto Alegre. Para se ter uma ideia, no ciclone da semana passada o vento atingiu 85 km/h no Aeroporto.

Conforme a MetSul, a tendência hoje é que a chuva diminua e pare em grande parte do Rio Grande do Sul no decorrer do dia, concentrando-se mais no Sul, onde estará o vórtice do ciclone.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.