Seguindo o que vem sendo registrado em outros pontos da bacia, o nível do Rio dos Sinos está baixando em São Leopoldo. Na tarde de ontem (13), a régua localizada na Rua da Praia indicava 4,92 metros, ou seja, mais de 2 metros e 40 centímetros acima do normal. No domingo, o Rio dos Sinos registrou o maior nível do ano no município: 5,1 metros.
Conforme o agente da Defesa Civil leopoldense, William Strack, a tendência é de que a água continue baixando. "Durante os próximos dias segue baixando, pois em Campo Bom também vem baixando", comentou. "Mas continuamos com o alerta, até o nível baixar dos 4,3 metros, conforme o Plano de Contingência", ponderou.
Alagamentos
Por conta da cheia, a Rua da Praia, no bairro Rio dos Sinos, segue quase totalmente coberta pela água, mas já era possível notar pontos secos em relação ao domingo. Um trecho da Rua das Camélias, no bairro Pinheiro, também segue alagado, assim, como pontos do loteamento São Geraldo, na Feitoria. Duas famílias, uma da Rua da Praia e outra do São Geraldo, deixaram suas casas para se abrigarem em residências de familiares.
Em Sapucaia do Sul, dois pontos estão alagados, nos bairros Fortuna e Carioca, mas não há desabrigados ou desalojados. Em Esteio, seis famílias do bairro Três Marias permanecem em um alojamento no Parque de Exposições Assis Brasil, cedido pelo governo do Estado, pela cheia do Arroio Sapucaia.
Uma intensa massa de ar polar, seca e fria, que chega ao Rio Grande do Sul neste início de semana, fará as temperaturas caírem ainda mais. Segundo a MetSul Meteorologia, a previsão é de que tenhamos o dia mais gelado do ano nesta quarta-feira, com termômetros marcando mínima de -2 a 0 grau na região metropolitana e, máxima, na casa dos 12 graus. Na sequência, volta a instabilidade e as temperaturas devem voltar a subir, com máximas perto dos 30 graus no fim de semana.
Conforme a prefeitura de Esteio, 16 famílias, que moravam na Rua João Francisco Alves, no bairro Três Marias, próximo do Arroio Sapucaia, estão sendo reassentadas. Na última semana, o arroio transbordou e algumas precisaram ser tiradas às pressas. As pessoas que serão reassentadas serão incluídas no programa de aluguel social, que será pago com recursos do governo federal. Foi feita triagem para verificar quem tinha condições de ir para a casa de parentes e quem necessitava de abrigo. As seis famílias que estão no Assis Brasil se enquadravam nesta última situação.