A última segunda-feira (20) foi marcada pela volta dos detentos ao Instituto Penal de São Leopoldo. Eles haviam sido liberados para prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, no final do mês passado, depois de o presídio ter sido interditado devido a um surto de Covid-19. O surto havia sido identificado no dia 24 de junho, quando, segundo a Superintendência dos Assuntos Penitenciários (Susepe), 67 apenados testaram positivo para o novo coronavírus.
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O retorno à casa prisional, no entanto, não aconteceu como o esperado. “De 116, infelizmente 29 não voltaram”, comenta o juiz da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Novo Hamburgo, Fernando Noschang. Segundo ele, os que não compareceram são considerados foragidos. Por isso, eles tendem a regredir para o regime fechado quando foram capturados.
Procurada, a Susepe informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que 40 detentos haviam retornado na segunda-feira e que os demais deveriam voltar ao presídio “aos poucos”. Questionada, no entanto, a assessoria não respondeu sobre como se daria essa volta, de quantos em quantos e datas previstas para isso. No mês passado, a Susepe, também por meio da assessoria, havia informado, ainda, que o número de presos liberados por conta da interdição do presídio era o de 109 e não 116, como repassado pelo juiz Noschang.
A interdição do Instituto Penal leopoldense deveria terminar no dia 9 de julho. A expectativa precisou ser adiada, devido ao atraso no processo de sanitização do espaço. De acordo com Noschang, antes de ingressarem novamente na casa todos os detentos passaram por triagem, medição de temperatura e análise de sintomas e fizeram o teste rápido para Covid-19.