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Notícias | Região Investigação

Canoas teve o primeiro homicídio após quase dois meses sem uma execução a tiros

Apuração em torno do caso ocorrido no Guajuviras é tratada como prioridade pela Polícia Civil. Crime está relacionado ao tráfico de entorpecentes. Até um cão acabou ferido em meio a ataque na tarde deste domingo (26)

Publicado em: 27.07.2020 às 12:14 Última atualização: 27.07.2020 às 12:40

Foram quase dois meses sem homicídios em Canoas. A aparente tranquilidade, entretanto, foi quebrada na tarde deste domingo (26), quando criminosos promoveram uma ação à luz do dia no bairro Guajuviras. Uma verdadeira saraivada de balas terminou em morte na chamada Rua 77. A vítima era um jovem de 26 anos com extensa ficha criminal. Apenado do regime semiaberto, ele usava tornozeleira eletrônica. Tinha passagens pela Polícia por tráfico de entorpecentes, formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo e roubos de veículos.

O caso é apurado pelos agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Conforme disse preliminarmente o delegado Thiago Carrijo, que coordena o trabalho da especializada, o crime está ligado diretamente ao tráfico de entorpecentes na área, porém ainda não há suspeitos para a morte. Pelo menos uma dúzia de cápsulas de pistola 9 milímetros foram achadas na cena do crime. "Foi uma execução ligada ao tráfico", apontou. "A nossa investigação já começou e é prioridade levar à prisão os autores do atentado o mais depressa possível."

Ainda segundo a Polícia Civil, a suspeita é de um ajuste de contas planejado dias antes com antecedência. O apenado havia deixado a penitenciária há dias por causa da pandemia. A vítima foi executada quase em frente ao portão de casa. Testemunhas apontaram que o relógio apontava 12h40 quando uma "caminhonete branca" chegou em frente ao endereço. Um dos homens que estava no carro desceu com pistola em punho e atirou. Foram ouvidos 12 disparos.

Até um cão pitbull que circulava pelo local no momento do ataque criminoso acabou sendo ferido com um tiro.

Chefia da Polícia Civil se posiciona

Diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana [DPRM], o delegado Mario Souza se posicionou nesta segunda-feira (27) sobre o caso. Ele inicialmente apontou os 57 dias em que Canoas ficou sem o registro de um homicídio consumado. Souza garantiu que a Polícia Civil vai continuar trabalhando os crimes contra a vida como prioridade, de forma a aumentar este período sem mortes em Canoas. "Disse e repito que em Canoas o crime de homicídio é tratado como prioridade absoluta", afirmou. "Onde houver um crime, a Polícia Civil vai estar lá concentrada para levar à cadeia os responsáveis."

Luta pelo 'mercado do pó'

O aparente equilíbrio existente entre facções criminosas rivais que lutam pelo controle do "mercado do pó" em Canoas foi abalado, na última semana, com as prisões de duas importantes liderança do tráfico de entorpecentes no bairro Guajuviras. De saída, a Polícia Civil aponta não existir relação entre o crime ocorrido neste domingo e a prisão do traficante conhecido como "Pirata", executada no último dia 20, e também a captura de uma outra liderança garantida na última sexta-feira (24), quando até mesmo uma réplica perfeita de fuzil 556 foi apreendida por agentes da 3ª Delegacia de Polícia (DP). Porém, nada foi descartado ainda. 

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