A Polícia Civil deu início, nesta nesta segunda-feira (27), a uma nova ofensiva com objetivo de desmantelar uma associação criminosa responsável por centenas de roubos de veículos, além de fraudes a seguros de automóveis, cometidos em Porto Alegre e em grande parte da Região Metropolitana. Foram cumpridos desde, o início da manhã, dez mandados de prisão, busca e apreensão em Porto Alegre, Alvorada, Canoas e Gravataí. Cinco criminosos acabaram presos.
De acordo com o delegado Rafael Liedtke, que coordenou a ação da Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes de Roubo de Veículos, junto ao delegado Marco Guns, a apuração teve início em julho do ano passado, quando a polícia descobriu a existência de um desmanche, em Gravataí, para onde eram levados veículos roubados em Porto Alegre e Região Metropolitana. Antes do flagrante, os policiais monitoravam um carro roubado que trafegava pela Freeway. Três acabaram presos em flagrante.
Após a prisão, a investigação apontou um esquema que fomentava o roubo de carros, sob encomenda, com duas finalidades específicas: a clonagem e também a venda das peças para mercados clandestinos. "Os caras eram muito organizados. Ora trabalhavam em Gravataí e em Cachoeirinha; ora em Canoas e Esteio. Levou tempo até que fosse possível esclarecer quem fazia parte do grupo", explicou o delegado.
Além dos crimes acima, o grupo também se especializou em estelionato, fraudando seguro automotivos e "falsa comunicação de crime." "Eles faziam o desmanche e a posterior venda das peças de veículos originais", aponta o delegado. "Só que então registravam uma falsa ocorrência de roubo ou furto de veículo, para no final pleitear junto à seguradora o valor do bem segurado", esclarece. "Os lucros eram divididos por todos integrantes da quadrilha, organizadamente, de acordo com a importância da tarefa de cada um em cada crime."
Além dos criminosos presos, também foram apreendidos pelos policiais civis, durante o cumprimento dos mandados judiciais, um veículo de luxo, BMW 428 Gran Coupe, avaliada em 140 mil reais, que estava na garagem de um dos suspeitos de fazer parte do esquema. O carrão de luxo foi parar na sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). "Eles tinham dinheiro de sobra", avalia Liedtke. "Tiravam muito dinheiro com o esquema."