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Notícias | Região Recapturado no Paraguai

Líder de facção viaja de volta ao Estado

Com mais de 70 anos de condenações, traficante tinha fugido após ganhar prisão domiciliar por causa do coronavírus

Por Silvio Milani
Publicado em: 06.08.2020 às 21:46 Última atualização: 06.08.2020 às 21:55

Avião da Polícia Federal chegou com Nenê a Porto Alegre no início da tarde desta quinta-feira Foto: Fotos Polícia Federal
Mais gastos públicos com retrabalho. A Polícia Federal montou operação especial, nesta quinta-feira (6), com avião da instituição e escolta reforçada, para o transporte do traficante gaúcho Fabrício Santos da Silva, o Nenê, 37 anos, recapturado terça no Paraguai.

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Ele chegou no início da tarde ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, após uma hora e 20 minutos de voo de Foz do Iguaçu, no Paraná. O presídio não foi informado, mas seria a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

Fabrício Santos da Silva Foto: Polícia Federal
Com mais de 70 anos de condenações, o líder de facção recebeu prisão domiciliar da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Porto Alegre, no fim de março, em razão do coronavírus. Com laudo médico de hipertensão, conforme revelado pelo Jornal NH, foi de uma galeria do Presídio Central para uma casa de alto padrão que alugou em condomínio fechado no bairro Encosta do Sol, em Estância Velha. A fuga, já esperada pelos serviços de inteligência das polícias, aconteceu no início de junho.

A Interpol (Polícia Internacional) foi acionada. Agentes da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, em troca de informações com a PF brasileira, monitoraram durante duas semanas uma casa de luxo em zona nobre da cidade de Hernandarias, região metropolitana de Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil. Era preciso ter certeza que o foragido estava no imóvel. Ele não saía. Em bote certeiro, os policiais surpreenderam Nenê de cuecas na aconchegante residência.

Tráfico com homicídios e assaltos

De família pobre do bairro Canudos, em Novo Hambugo, Nenê escalou a hierarquia da facção Os Manos por meio de homicídios e assaltos na órbita do tráfico. Chegou a ser transferido ao Rio Grande do Norte, em julho de 2017, por suspeita de contratar escavação de túnel para fuga do Presídio central, mas voltou três meses depois ao Rio Grande do Sul.

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