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Notícias | Região No enfrentamento à pandemia

Coibir aglomerações é o maior desafio de autoridades da região

Apesar das novas regras que flexibilizam as atividades e permitem uma maior circulação de pessoas, prefeitos continuam preocupados em manter a população consciente sobre o isolamento social

Por Bruna Mattana e Nicolle Frapiccini
Publicado em: 10.08.2020 às 05:00 Última atualização: 10.08.2020 às 07:27

Véspera de Dia dos Pais, o sábado foi de movimento intenso no comércio nas ruas centrais de Novo Hamburgo Foto: Inézio Machado/GES/InÉzio Machado/GES
Com um leve aumento na média ponderada final, que passou de 1,64 para 1,70, no mapa preliminar da 14ª semana do Modelo de Distanciamento Controlado adotado pelo Palácio Piratini, a região Novo Hamburgo está entrando na oitava semana consecutiva de protocolos mais rigorosos da bandeira vermelha. Apesar das regras estabelecidas pelo Estado, as 15 cidades que integram o grupo se deparam com o desafio de evitar aglomerações e, consequentemente, aumento de contaminação pela Covid-19.

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A partir disso, o desafio está posto às autoridades locais: manter as flexibilizações ao comércio não essencial e restaurantes, apresentadas na semana passada, diante de uma maior circulação de pessoas nas ruas, mas coibindo as concentrações de pessoas, que continuam proibidas.

Com a convicção de que é preciso caminhar com a atual realidade, a prefeita de Dois Irmãos e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio dos Sinos (Amvars), Tânia Terezinha da Silva, afirma que a região 7 está buscando o equilíbrio. "Não adianta recorrer da bandeira vermelha, temos que mudar os protocolos visando equilibrar a saúde e a economia. O importante é o governo compartilhar as responsabilidades. Nós é que fazemos as fiscalizações e queremos ter o direito de decisão", fala, ao defender a criação de metodologias. "Isso é melhor do que ficar na rua sem nenhum critério."

O clima agradável dos últimos dias, convidativo para que a população saia de casa e socialize, aumenta ainda mais esse desafio durante os sábados e domingos. "Estamos endurecendo as fiscalizações como fizemos neste domingo. Como poder público, nós tentamos fazer a nossa parte, mas cabe às pessoas também fazerem a sua. É difícil para todos nós", pontua Tânia.

O secretário de Agricultura, Indústria, Comércio e Turismo, Edson Luis Maicá, que também coordena a Defesa Civil de Dois Irmãos, lembra que as flexibilizações permitem a atividade de estabelecimentos comerciais, mas continuam proibindo as aglomerações. "O risco no contágio está nas aglomerações e esse é o nosso maior desafio", frisa, ao considerar um sucesso a ação de fiscalização domingo (9) às margens da BR-116 .

Controle no comércio

Os lojistas têm sido rigorosos no controle dos estabelecimentos no intuito de evitar a propagação do coronavírus, diante do movimento no comércio. Após decreto da última terça-feira, em Novo Hamburgo os estabelecimentos não essenciais de rua podem receber um cliente por atendente disponível, de segunda a segunda-feira. Shoppings só podem abrir de quarta a sábado, seguindo a regra do governo do Estado.

Mesmo com o grande fluxo de pessoas no Centro de Novo Hamburgo na tarde de sábado, os clientes se diziam seguros com as medidas de proteção. "Eu me sinto bastante segura comprando no comércio. Eles são muito responsáveis com a entrada de pessoas, tem álcool em gel espalhado por toda loja, além da entrada, e os banheiros foram isolados, para não haver contaminação", destaca a serviços gerais Gisele Moraes, 30.

Rodovia com canteiro isolado em Dois Irmãos

Ação conjunta no final de semana isolou canteiros da BR-116 com fitas e barreiras em Dois Irmãos, para que aglomerações vistas na semana passada não se repetissem. "A ideia é fazer uma ação preventiva e educativa. Com isso, não tivemos aglomeração", fala o secretário Edson Maicá.
A iniciativa deve seguir.

Campanha contínua para gerar a prevenção

Em Novo Hamburgo, o maior desafio desde o início da pandemia também tem sido a aglomeração. Coordenador da Central de Fiscalizações, o secretário de Meio Ambiente, Udo Sarlet, diz que a grande maioria dos estabelecimentos tomou uma postura consciente. "A atitude das pessoas é o grande desafio. Não vejo que o problema aumente em função das flexibilizações. Quem já descumpria as regras vai continuar descumprindo. A campanha de conscientização é contínua."

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