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Notícias | Região Em novembro

Eleições 2020 com 189 urnas eletrônicas a menos nas cidades da região

Atraso de quase um ano no processo licitatório para aquisição de novos equipamentos fez com que a Justiça Eleitoral ordenasse um remanejamento das urnas para abastecer todos os colégios eleitorais do País

Por Jean Peixoto
Publicado em: 21.08.2020 às 03:00 Última atualização: 21.08.2020 às 15:12

São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio, Portão e Capela de Santana cederam 189 urnas eletrônicas para outros Estados Foto: Diego da Rosa/Arquivo-GES
Programadas para ocorrer no dia 15 de novembro, as eleições 2020 serão marcadas pela sua singularidade. Não bastasse a pandemia de Covid-19, que por si só já exige uma série de protocolos sanitários específicos, o pleito deste ano também contará com menos urnas eletrônicas disponíveis para votação. Nos municípios de circulação do Jornal VS impresso - São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio, Portão e Capela de Santana - serão 189 equipamentos a menos que nas eleições de 2018.

Com a diminuição do número de urnas, automaticamente, será necessário um remanejamento na distribuição das sessões. Os cartórios eleitorais trabalham para que os eleitores não precisem deslocar-se para outras zonas ou locais de votação.

O motivo da diminuição das urnas foi o atraso no processo licitatório para aquisição de novos equipamentos. Conforme o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), Daniel Wobeto, a compra deveria ter sido efetivada ainda em 2019, mas foi concluída apenas em junho deste ano, quando já não havia tempo hábil para sua utilização no pleito de 2020. "Diante da necessidade de retirada de urnas modelos 2006 e 2008, muito antigas, a Justiça Eleitoral precisou remanejá-las, para que todos os Estados tenham urnas suficientes na eleição. O TRE-RS não tinha urnas desses modelos retirados, razão pela qual se encontra na condição de doador dos equipamentos", explica.

Em 23 de julho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou a aquisição de 180 mil novas urnas, que serão utilizadas apenas nas eleições de 2022. A empresa vencedora da licitação foi a Positivo Tecnologia, com contrato de R$ 799 milhões para compra.

Em São Leopoldo, onde há duas zonas eleitorais (51 e 73), pelo menos 74 urnas eletrônicas foram cedidas para outros Estados. Na Zona 51, onde havia 243 urnas em 2018, restaram 200. Já na Zona 73, onde eram 233 equipamentos no último pleito, agora são 202. No entanto, o chefe do Cartório Eleitoral da Zona 51, José Vitor Blanco Vieira, destaca que os eleitores dessas seções que foram suprimidas foram remanejados para outras dentro da mesma escola.

Em Sapucaia do Sul, houve redução de 32 urnas para esta eleição, restando 300 equipamentos para a votação de 2020. Conforme o chefe de cartório da Zona 108, Antônio Dalton Flores, os locais de votação também não foram alterados. A 97ª Zona Eleitoral, de Esteio, cedeu 70 urnas para outras localidades. Em 2018, o município contava com 213 urnas e agora restaram 143. Em Portão, que é atendida pela 11ª Zona Eleitoral, de São Sebastião do Caí, a redução foi de 10 urnas. Capela de Santana, também vinculada à 11ª, cedeu outras três.

Urnas eletrônicas passaram por série de testes

Nesta semana, as urnas eletrônicas de Esteio e Novo Hamburgo passaram por uma verificação que é realizada, pelo menos, duas vezes por ano. Em São Leopoldo, o processo, que consiste em uma série de testes, ocorreu entre junho e julho e deve ser retomado em setembro

Sem aglomeração

Um dos riscos oferecidos pela diminuição da quantidade de urnas eletrônicas e anexação de sessões é a formação de aglomerações, contrariando as medidas sanitárias de prevenção e combate à pandemia de coronavírus. Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TRERS, Daniel Wobeto, uma série de medidas preventivas estão sendo organizadas. A primeira delas seria a retirada da identificação por biometria, reduzindo o tempo de atendimento de cada eleitor.

O TRE também prevê orientações aos mesários sobre detalhes procedimentais que agilizem o trabalho de cada seção eleitoral e aos eleitores sobre uso da cola, ordem de votação e como votar. Também será implementado o distanciamento entre mesários e colocação de barreira física para evitar contato com os eleitores. Outra medida estudada pelo TSE e divulgada pelo presidente da corte, ministro Luís Roberto Barroso, é a ampliação do horário de votação. Uma das propostas é a de que votação ocorra das 8 às 20 horas, passando a ter 12 horas de duração, ou mesmo das 8 às 18 horas, desde que atenda a todos os protocolos sanitários com o máximo de segurança.

Ações de prevenção à pandemia de Covid-19

A Justiça Eleitoral vem estabelecendo uma série de diretrizes para garantir a segurança sanitária das eleições deste ano, que ocorre em meio à pandemia de Covid-19. Conforme Kellen Gozalez Maldini, chefe substituta do Cartório Eleitoral da 11ª Zona, que atende Portão e Capela de Santana, a unidade optou por não convocar mesários com mais de 60 anos.

“Nosso critério foi chamar pessoas que sejam voluntárias, com até 40 anos. Muitas pessoas solicitaram exclusão por integrar ou ter parentes em grupo de risco”, explica. O prazo para a convocação dos mesários, que já teve início, encerra-se em 16 de setembro. Quem for nomeado e precisar recorrer, tem cinco dias.

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