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Os agentes, coordenados pela delegada Luciane Bertoletti, abordaram os suspeitos na saída da residência de um deles onde, no pátio, foram encontrados galões contendo gasolina e diesel. O esquema, desarticulado consistia no abastecimento do caminhão tanque, de propriedade dos suspeitos, na distribuidora e posterior desvio.
Segundo apurado pela polícia, eles abasteciam o caminhão em uma empresa de combustíveis e levavam a mercadoria para postos na região metropolitana. O golpe se dava antes de chegar aos postos de destino. "Os golpistas faziam uma parada e desviavam parte da mercadoria que era acondicionada em galões e depois distribuída clandestinamente. Era uma situação permanente. Um desvio de proporção reduzida mas com alta frequência que ao final de um mês, por exemplo, totalizaria entre cinco e sete mil litros de combustível", explica a delegada.
Segundo as investigações, na distribuição clandestina os suspeitos revendiam para uma rede de contatos que compravam o produto. Não está descartado que outras empresas recebessem o combustível. A estimativa da polícia é de que o prejuízo das vítimas beirasse a R$500 mil no período de um ano. De acordo com a delegada, as investigações continuam e existe possibilidade da participação de outras pessoas. Além disso, os prováveis receptadores também serão investigados.
“Estima-se que prejuízo para as vítimas possa ser muito maior, pois o golpe vinha sendo aplicado há, pelo menos, seis meses”, pontua. "Foi uma ação cirúrgica e rápida que desarticulou um esquema complexo, que causava prejuízo para a companhia fornecedora e aos postos de combustíveis da região”, frisa o diretor da 2ª DPRM, o delegado Mario Souza.
