Desarticulada quadrilha que agredia vítimas em roubos a residências, em Canoas
"Quanto mais desorientada estivesse a vítima, melhor", contou o delegado Thiago Lacerda. "Por isso que eles nem pensavam duas vezes antes de dar coronhadas"
Até agora, foram quatro presos dentro da Operação Pentágono, lançada pela Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (1º), com o objetivo de desarticular uma quadrilha que tem na conta dezenas de crimes na Região Metropolitana. Só roubos a residência, eles teriam cometido dez. Durante a coletiva de imprensa organizada na sede da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), o delegado Thiago Lacerda, responsável pela ofensiva orquestrada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), detalhou a ação dos criminosos.
Em um caso ocorrido no bairro São José, em Canoas, os moradores da residência apanharam enquanto estavam amarradas dentro de casa. "Tratam-se de homens perigosos, que agiam com violência extrema contra as vítimas", apontou. "É que, para eles, quanto mais desorientada estivesse a vítima, melhor", explicou. "Por isso que nem pensavam duas vezes antes de dar coronhadas, mesmo com a pessoas já rendidas e amarradas, como aconteceu em um dos casos que foram apurados durante a montagem da operação."Ainda segundo Lacerda, o roubo a residência deixa traumas profundos nas vítimas, razão pelo qual é difícil até convencê-las a voltar à delegacia para reconhecer os responsáveis pelos crimes. "Para a Polícia Civil, é muito importante que as vítimas reconheçam os autores do crime, porém sabemos não é fácil convencer uma pessoa traumatizada a voltar para apontar o culpado", frisa. "A casa da gente é o nosso reduto e quando ele é violado, as marcas são profundas", avalia.