Articulação entre setores proporciona rápida migração no sistema de ensino

Há mais de seis meses com aulas no formato remoto, as instituições continuam buscando estratégias para tornar o ensino cada dia melhor. Na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), a gerente de Desenvolvimento de Ensino, Cristiane Schnack, destaca a articulação entre todos os setores e a formação docente, que contribuíram para a rápida migração e sucesso da estratégia de educação da universidade na pandemia.

"Tínhamos a plataforma Moodle como apoio ao ensino e agora ela é um espaço de aprendizagem que articula o contato entre aluno e professor", salienta.

Ela destaca que as aulas virtuais, no entanto, ocorrem diariamente, na plataforma Teams, da Microsoft. "Os estudantes têm aula no dia e horário em que teriam encontro presencial", pontua.

Ela reforça que a manutenção dessas aulas ocorre pois a aula remota difere da modalidade à distância. "Nas aulas EAD o aluno auto guia seu processo de ensino, organizando as aulas ao seu tempo. Nas aulas síncronas é mantida a interação."

Segundo Cristiane, as avaliações também estão ocorrendo de forma virtual. "Os professores foram capacitados nesse sentido, pois outros elementos são utilizados para avaliar o aluno. É tudo mais pessoal, mais próximo. O professor tem um olhar individualizado para o estudante."

Ela diz que as aulas práticas para formandos, especialmente da área saúde, estão ocorrendo presencialmente. "Estamos observando todos os protocolos e respeitando o plano de contingência. As demais aulas presenciais seguirão suspensas até o final do ano", sublinha.

Aulas interativas são destaque

Driele diz ainda que os professores estão usando formas criativas para manter a qualidade das aulas.

"Uma experiência legal da aula remota foi professores trazerem convidados que trabalham no exterior para conversar com a gente sobre User Experience (UX), nas cadeiras de Novas Carreiras, Laboratório de Empreendedorismo e Negócios Criativos. Presencialmente, isso seria mais difícil e a gente não se sentiria tão à vontade para fazer perguntas aos convidados", pontua.

 

Ferramentas digitais

Estudante de comunicação digital da Unisinos, Driele Ferreira, 29 anos, diz que a migração para a plataforma digital foi tranquila.

"É claro que a gente sente falta do câmpus, mas acredito que as aulas virtuais até nos aproximaram. Minha turma é formada por alunos basicamente do primeiro semestre, inclusive eu, pois troquei de curso, e as pessoas têm se sentido à vontade de participar pelo chat", salienta.

Ela diz que ferramentas digitais estão sendo usadas para atividades práticas.