Concessão do Zoológico de Sapucaia do Sul pode atrasar por falha de comunicação

Um ano após o encerramento, sem interessados, do processo licitatório para a concessão do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul à iniciativa privada, a proposta para a Parceria Público Privada (PPP) está cada vez mais longe de sair do papel. Embora a Secretaria Extraordinária de Parcerias tenha previsto a conclusão do edital para o final de agosto e o lançamento até dezembro, um novo percalço surgiu no mês de setembro.

Após a conclusão de uma série de estudos de viabilidade, o governo do Estado percebeu que o ambicioso projeto para tornar o parque mais atrativo aos potenciais investidores, que incluía a autorização para a construção de hotéis, centros de eventos, parques de diversões, parques temáticos e parques aquáticos não será viável. O motivo são os 60 metros em quase 10 hectares do parque que serão necessários para a construção de linhas de transmissão de energia elétrica, que já foram negociadas em 2018.

Embora o leilão que viabilizou a construção das linhas tenha ocorrido há mais de dois anos, somente em 18 de setembro deste ano a informação foi pautada pelo Estado, após duas tentativas de concessão do Zoo. "Houve, talvez, uma falha de comunicação entre setores de governo e a informação de que essas linhas passariam pelo Zoo só chegou em 18 de setembro (de 2020), quando o projeto já estava em uma fase bem adiantada", explica o secretário de Parcerias do Estado, Bruno Vanuzzi. Ele afirma que ainda não há prazo para a reformulação do edital, mas estima que seja lançado ainda em 2020.