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Notícias | Região ALERTA

Veja os perigos e cuidados necessários em balneários de água doce

Locais com banho em rios e lagos devem ter guarda-vidas ou avisos sobre o perigo

Por Susi Mello
Publicado em: 02.11.2020 às 03:00 Última atualização: 02.11.2020 às 10:11

Placas de advertência precisam estar presentes em todos os estabelecimentos que têm águas para banho ao público Foto: Malcon Roben/Divulgação
Feriadões como o desta semana, finais de semana e dias mais quentes trazem de volta o perigo dos afogamentos. Quem busca lazer em áreas públicas e privadas que oferecem espaços para banhos ao público deve estar atento para normas de segurança e, mais do que isso, os locais devem sinalizar bem o perigo oferecido pelas águas. Se possível, também, devem disponibilizar serviço de guarda-vidas, embora isso não seja obrigatório em todos os casos.

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado faz alertas e orientações. Prefeituras cujos municípios dispõem de balneários sem guarda-vidas devem instalar sinalizações junto às áreas de banho com riscos potenciais. Outro alerta é referente às áreas privadas, onde o proprietário não tem a obrigação de colocar guarda-vidas, porém a recomendação é que placas avisem que o local pode ter risco e, por isso, não deve ser usado para banho. "Nesses locais privados com acesso ao público, é necessário que o proprietário sinalize que a área não tem cobertura de guardas-vidas e que as pessoas não entrem, pois é particular e há riscos de morte por afogamento", frisa o chefe de operações da Operação Verão 2020/21, major Isandré Antunes de Souza.

O alerta é importante porque os guarda-vidas civis temporários previstos para o verão 2020/2021 mantêm foco no litoral norte e sul do Estado. Este ano 400 estarão atuando a partir de 19 de dezembro e 200 novos a partir do feriado do Natal. "O ano passado tínhamos 600 vagas, porém somente 389 passaram nas provas e atuaram na Operação Verão. Esperamos que neste ano possamos nos aproximar mais dos 600 previstos", detalha o major.

Apoio

Proprietário de uma empresa de segurança aquática, Malcon Roben, aposentado da corporação, reforça que as placas de advertência precisam estar em todos os estabelecimentos que têm águas para banho abertas ao público. Além do mais, acrescenta, locais para banho privados devem procurar o Corpo de Bombeiros da cidade para conseguir um guarda-vidas. "E se não tiver em sua cidade, a corporação procura na cidade mais próxima para contratar particularmente", complementa.

 

Guarda-vidas civis temporários previstos para litoral norte e Sul do Estado a partir de 19 de dezembro

Outros 200 novos são aguardados a partir do feriado de Natal. No ano passado também havia previsão de 600 no total, mas acabaram sendo 389.

 

Como funciona a ação dos guarda-vidas

O principal foco dos guarda-vidas civis temporários, cuja inscrição para o processo seletivo se encerrou no dia 31 de outubro pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS), está na prevenção aos afogamentos no litoral norte e sul. O chefe de operações da Operação Verão 2020/21, major Isandré Antunes de Souza, explica que os guarda-vidas civis se comunicam com a população por meio de bandeiras de sinalização, indicando as condições de banho do local.

No litoral norte são 212 postos de salvamento entre Torres e Palmares, enquanto que no Sul são 30 postos entre Tavares e Chuí. "Nessas guaritas estarão sinalizadas as condições de banho. Indicamos a área de delimitação de banho por meio de outras bandeiras na faixa de areia", conta, exemplificando que a verde indica risco baixo para banho, a amarela é médio e a bandeira vermelha é de alto risco. Já a bandeira preta é risco de morte e fica na beira da água porque indica a presença de corrente de retorno "repuxo".

O major acrescenta ainda que quando o guarda-vidas sinaliza o cenário do banho para a população é importante verificar a cor da bandeira. Por isso, continua, é melhor ficar perto do guarda-vidas, na área delimitada. É ali que ele vai intensificar a prevenção, com apitos e alertas verbais, já que fora dessa área é só reação a emergência, ou seja, resgate e salvamento aquático, e neste caso tem tempo de resposta considerável.

Registro

Sobre contratações de guarda-vidas, o especialista Malcon Roben salienta que geralmente os proprietários de balneários não contratam os profissionais, que deveriam ser formados na Operação Golfinho, reconhecidos pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático e sócios na Associação Brasileira de Salva Vidas Civis do Rio Grande do Sul. "Às vezes contratam bombeiros civis que não têm o curso de guarda-vida, por conta do valor a ser desembolsado." Por outro lado, acrescenta, é difícil encontrar guarda-vidas com formação interessados em trabalhar em balneários de água doce e com contratações somente para o final de semana, quando há a oportunidade de atuação no litoral por conta da Operação Golfinho.

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