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Notícias | Região Operação Cativeiro

Como uma simples coincidência levou ao sequestro da sogra de um brigadiano em Canoas?

Integrantes dos Balas na Cara queriam matar policial militar (PM) que acreditavam ser responsável por prisão de um membro da facção

Publicado em: 03.11.2020 às 09:15 Última atualização: 03.11.2020 às 09:15

Sequestrador foi preso pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (03) Foto: PAULO PIRES/GES
"Não alerta a polícia. Eles tão comigo, eu tô com uma arma na minha boca. Não avisa ninguém, se não eu vou morrer", a voz do áudio anexado ao inquérito da Operação Cativeiro, lançada na manhã desta terça-feira (3), pela Polícia Civil, é de uma mulher sequestrada por criminosos em outubro do ano passado. Então moradora do Residencial Arlindo Gustavo Krentz, o popular "condomínio Machadinho", no bairro Rio Branco, ela acabou sendo raptada após uma simples coincidência, que fez integrantes da facção dos Balas na Cara acreditarem que o genro dela - um policial militar (PM) do 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM) - tivesse sido responsável pela prisão de uma das lideranças da organização criminosa.

De acordo com o tenente-coronel Jorge Dirceu Filho, que comanda a BM de Canoas, uma chacina, ocorrida na época no município de Mostardas, terminou gerando uma ocorrência em Canoas. "Ficamos sabendo que um dos criminosos que participou da chacina estava escondido no condomínio Machadinho", lembra.

A ação executada pelos brigadianos no local foi precisa e levou à captura do suspeito. No mesmo dia, um PM do batalhão acompanhou a esposa até o apartamento em que a mãe vivia. "Ele foi visto de farda e os criminosos imaginaram que morava no local e havia entregado o membro da facção", prossegue Dirceu. "Então eles descobriram que somente a sogra estava no endereço. Eles a sequestraram para obrigar o PM a voltar ao local para um acerto de contas."

Só que isso não aconteceu, porque os brigadianos cercaram rapidamente a área. "A vítima acabou sendo libertada horas depois. Ela havia sido retirada do apartamento e levada para um outro dentro do condomínio mesmo", aponta o comandante. Na época, houve inclusive confronto entre PMs e os integrantes da facção, porém, na confusão de tiros, alguns "fugiram para o mato." Nem todos os envolvidos foram presos naquela noite e esta operação foi organizada também para colocar um ponto final neste caso. Agora, todos os envolvidos no sequestro serão penalizados."

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