Siglas tradicionais se fortalecem; PT e bolsonaristas perdem relevância

Nem bolsonaristas, nem petistas. A polarização entre as duas correntes que mobilizou o País na última eleição presidencial não encontrou eco na região nestas eleições municipais. Os grandes vencedores do pleito foram partidos tradicionais, principalmente de direita e centro-direita. O destaque foi o Partido Progressista, que aumentou de 12 para 14 o número de prefeituras; PTB, de três para seis; e PSDB, de quatro para sete.

Na contramão deste bom desempenho, estão o Partido dos Trabalhadores (PT) e o MDB, que perdeu sete prefeituras, além de siglas alinhadas com o governo Bolsonaro, atualmente sem partido. O PT conquistou uma importante cidade, São Leopoldo, mas somente ela, confirmando a perda de relevância na região. Em 2016, o PT já havia perdido três prefeituras em relação a 2012. Partidos alinhados com o governo Bolsonaro, como PSL e Republicanos, não tiveram grande desempenho, apesar de apresentarem candidatos em quase metade das 44 cidades da região de abrangência do Jornal NH. Apenas em Araricá o PSL venceu. Já o Republicanos não levou nenhuma prefeitura. Legendas que demonstram apoio frequente às pautas de Bolsonaro no Congresso, como DEM e PSD, conquistaram um município cada.

A divulgação dos votos neste pleito foi uma das mais demoradas desde a implantação da urna eletrônica em 1996. Por volta das 23 horas de domingo, ainda havia cidades da região sem a totalização dos votos. Ainda assim, já se sabiam quais os prefeitos eleitos.

De 20 prefeitos, 17 se reelegeram

Dos 20 candidatos eleitos em 2016 e que concorreram à reeleição na região de abrangência do Jornal NH, 17 se reelegeram, o que corresponde a 85% do total. Foi o que aconteceu nos maiores colégios eleitorais. Em Novo Hamburgo e em São Leopoldo, venceram os atuais prefeitos Fatima Daudt (PSDB) e Ary Vanazzi (PT). A reeleição deles também frustrou candidatos apoiados na figura do presidente Jair Bolsonaro, casos dos delegados Heliomar (DEM), em São Leopoldo, e Zucco (Republicanos), em Novo Hamburgo. Ambos ficaram em segundo lugar.

Além dos 20 candidatos que tentaram a reeleição, os atuais chefes do Executivo de Ivoti, Lindolfo Collor, Parobé e Rolante também colocaram seus nomes à prova neste pleito. No entanto, eles assumiram em eleições suplementares por causa de cassação e indeferimento de candidaturas, casos de Ivoti e Parobé, e pela cassação e desistência do então prefeito, situação que aconteceu em Lindolfo e Rolante, respectivamente. Em Ivoti e Parobé, os atuais prefeitos Martin (PP) e Diego Picucha (PDT) foram eleitos. Os chefes do Executivo de Lindolfo e Rolante não conseguiram se eleger.

Assim como em 2016, a região tem sete prefeitas eleitas - três foram reconduzidas ao cargo.