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Notícias | Região Espírito Jovem

Professor mostra emoção e vitalidade para ensinar capoeira

Roberto Costa de Ávila, mais conhecido como Mestre Tucano, criou o Grupo Camboatá e está na roda de dança e música desde os 16 anos

Por Alecs Dall'Olmo
Publicado em: 21.11.2020 às 09:00 Última atualização: 21.11.2020 às 22:24

Mestre Tucano fazendo o ritmo tomar conta há quase 40 anos Foto: Acervo pessoal/Roberto Costa de Ávila
Graduado em Educação Física pela Unisinos, Roberto Costa de Ávila é mestre em uma arte que é destaque pela importante carga histórica e que na semana ganha ainda mais força pela passagem do Dia da Consciência Negra. Ele começou na capoeira com 16 anos. Hoje, com 57 anos, segue como um profissional focado na roda que promove o encontro entre dança, artes marciais, música e memória. "Um dos principais ensinamentos da capoeira é ter coragem de enfrentar os desafios que a vida nos apresenta. E ainda envolve laços de amizade, respeito, saúde. Cuidar do corpo e da mente, amor próprio e espírito de brasilidade", ressalta ele que iniciou o trabalho na área em São Leopoldo. Ele conta que há 37 anos vem ministrando aulas de capoeira no grupo criado por ele, o Camboatá, que atua em diversas escolas de educação infantil, escolas públicas e particulares, academias, projetos sociais, entidades de crianças especiais, instituições de pessoas da melhor idade e associações de bairro. Ele lembra que são cerca de 100 graduados e professores, exercendo mais de 40 atividades profissionais ligadas à capoeira.

Jogo e arte

Ele enfatiza que nos últimos anos está desenvolvendo um trabalho com crianças. "Vale ressaltar que a criança que pratica a capoeira não aprende somente a jogar e exercitar o corpo, mas também a cantar e tocar todos os instrumentos de percussão que manifestam a arte", conta ele, explicando que trabalha a capoeira nos seus mais variados aspectos: dança, identidade, arte, luta, defesa pessoal, desporto, lazer, educação, folclore, preparação. Mestre Tucano ressalta que o ano pandêmico está sendo difícil, mas que é fundamental manter o foco e o ritmo. "Meu ano na pandemia foi para me reinventar e buscar novos horizontes, me especializar mais. Fiz muitos cursos em diversas áreas de conhecimento. Tenho muito mais a agradecer do que reclamar. Tudo com muita humildade de saber que sempre existirá alguém melhor e mais preparado que você. Eu sou capoeira. Respeito a tudo e a todos. É preciso ter foco, ter objetivos e disciplina para chegar lá."

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