Veja quais cidades do Estado foram atingidas por surto de gafanhotos
Não está descartada a ocorrência de novos surtos na região noroeste e em outras localidades do Estado
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEADPR) divulgou nesta quinta-feira (3) o relatório de monitoramento de surto de gafanhotos no Estado. Os levantamentos foram realizados na região noroeste, de 30 de novembro a 2 de dezembro, de acordo com a notificação da ocorrência de focos de gafanhotos. Conforme o engenheiro agrônomo e chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr, Ricardo Felicetti, os municípios com relatos de focos foram Santo Augusto, São Valério do Sul, Chiapeta, Coronel Bicaco, Campo Novo e Bom Progresso.
De acordo com a SEADPR, os focos concentram-se nas proximidades da Reserva Indígena do Inhacorá. Os levantamentos realizados evidenciam a necessidade de monitoramento da situação, uma vez que as condições climáticas, como pouca chuva e altas temperaturas favoreceram a proliferação dessas
espécies de gafanhotos, ocasionando desequilíbrio populacional com potencial dano à agricultura.
Governo argentino diz que nova nuvem de gafanhotos se aproxima da fronteira com o Brasil
Gafanhotos começam a atacar lavouras no interior do Rio Grande do Sul
O alerta segue no Rio Grande do Sul, justamente pelo predomínio do calor e a estiagem prevista devido ao fenômeno La Niña, que pode agravar a infestação. Não está descartada a ocorrência de outros surtos na região noroeste e em outras localidades do Estado.
“Foram identificadas pelos especialistas duas espécies de gafanhotos pertencentes à família Romaleidae, Zoniopoda iheringi e Chromacris speciosa. Não se tratam de gafanhotos migratórios da família Acrididae, pela qual foi motivada a Portaria de Emergência Fitossanitária devido ao risco de ingresso pela Argentina em maio”, esclarece o agrônomo.