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Notícias | Região Restrições

Serra 'bate na trave' da bandeira preta e fica em alerta

Nota final da região de Caxias do Sul ficou em 2,49 nesta rodada; o patamar da bandeira preta é 2,50

Por Suélen Schaumloeffel
Publicado em: 11.12.2020 às 19:29

Mapa preliminar traz pela primeira vez regiões em bandeira preta Foto: Governo do Estado
A região de Caxias do Sul, onde estão inseridos os municípios da Serra, como Nova Petrópolis, Gramado, Canela e Picada Café, e do Vale do Caí como Alto Feliz, Bom Princípio, Feliz, Linha Nova, São Vendelino e Vale Real, ficou muito próxima de ser classificada na bandeira preta nesta rodada.

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Se a média ponderada da região era 1,70 na semana passada, nesta a nota final ficou em 2,49, apenas 0,01 do patamar que determina a bandeira preta. Conforme os dados do governo estadual, a piora dos indicadores de Capacidade de Atendimento regional e estadual, impulsionou a forte elevação da média ponderada final. A classificação em bandeira preta significa protocolos mais rígidos, mas não se trata de lockdown.

Confira aqui todas as regras da bandeira preta.

Entre as principais restrições estão:

- Fechamento do comércio não essencial, de rua ou em centros comerciais e shoppings, além da restrição de 25% dos trabalhadores no comércio essencial e 50% no caso de mercados, padarias, açougues, fruteiras e similares.
- Restaurantes, lancherias, lanchonetes e bares podem operar somente com tele-entrega, drive-thru e pague e leve e respeitar o teto de 25% dos trabalhadores.
- Escolas devem suspender o atendimento presencial.

- Cabeleireiros e barbearias devem fechar
- Serviços de petshop também devem fechar
- Missas e serviços religiosos não podem ter atendimento presencial e equipe para captação de audiovisual deve se limitara 25% da equipe.
- Áreas comuns de condomínios deve ser fechadas.
- Industrias devem diminuir o percentual de trabalhadores por turno entre 25 e 50% do teto de ocupação na maioria das áreas.
- Atividades de arte, lazer, cultura e esporte devem fechar. No caso de parques temáticos, de diversão, aventura, aquáticos, assim como atrativos turísticos e similares , parques e reservas naturais, jardins botânicos, zoológicos, museus e centros culturais o atendimento ao público está proibido, mas os espaços podem ter trabalhadores respeitando o teto de ocupação específico para cada caso.

O que melhorou e piorou na semana

Os registros de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias reduziram em 6%, passando de 162 para 152 na macrorregião e região Covid de Caxias do Sul. Com relação a SRAG, enquanto há 7 dias atrás havia 108 internados, a quantidade de pacientes aumentou para 135 no último dia.
No caso de leitos clínicos, o número de pacientes passou de 140 para 163, um crescimento de 16%. E com relação aos internados por Covid-19 em leitos de UTI, o crescimento foi de 31%, passando de 81 para 106 pacientes.
Dos seus quatro indicadores regionais, Caxias do Sul alcançou classificação de risco máximo (bandeira preta) em dois deles. É o caso do número de hospitalizações por Covid-19 para cada 100 mil habitantes e da projeção de óbitos. Os indicadores do número de hospitalizações por Covid-19 nos últimos sete dias e do estágio de evolução da doença obtiveram bandeira amarela e laranja, respectivamente.
Com o registro de 40 óbitos nos últimos sete dias, houve aumento de 33% em relação aos registrados na semana anterior (30 óbitos). No caso do indicador de Ativos sobre Recuperados, a região registrou 2.818 ativos, frente à 3.011 da semana anterior, e 8.905 recuperados, representando uma melhora no valor dado pela razão em comparação a semana anterior.
O indicador relacionado a capacidade de atendimento piorou no comparativo entre as semanas, de forma que se manteve na bandeira preta. Assim, o percentual de pacientes confirmados para Covid-19 em leitos de UTI, com relação aos leitos livres, aumentou.
No comparativo do número de leitos livres de UTI no último dia para atender Covid-19 entre as duas quintas-feiras, verifica-se uma redução no número de leitos de UTI livres para atender Covid-19, passando de 59 para 42, diminuição de 29%, fazendo com que o indicador tenha atingido bandeira preta.
Portanto, com as variações nos números de internados e na velocidade do avanço da doença, dos dois indicadores macrorregionais que mensuram número de pacientes internados em UTI (por SRAG ou Covid-19) e do indicador de internados em leitos clínicos (Covid-19), foram obtidas duas bandeiras vermelhas e uma preta. Os indicadores de capacidade de atendimento e de mudança na capacidade de atendimento, mensuradas pela macrorregião, obtiveram bandeiras preta.

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