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Notícias | Região Investigação

Corpo carbonizado em porta-malas pode ser de motorista de aplicativos de Parobé

Restos mortais estavam no carro de homem desaparecido desde sábado à noite, quando teria saído para cobrar dívida em Sapiranga

Por Silvio Milani
Publicado em: 18.01.2021 às 20:26 Última atualização: 18.01.2021 às 20:43

Somente a perícia poderá identificar os restos mortais encontrados em um carro carbonizado na manhã de domingo no interior de Parobé, quase no limite com Taquara. O Siena era usado por um motorista de aplicativos de 41 anos, que está desaparecido. “É a possível vítima, mas precisamos do exame de DNA para confirmar”, declara o delegado de Parobé, Gustavo Menegazzo da Rocha. A principal hipótese, segundo ele, é que o crime esteja relacionado a agiotagem.

Gilmar dos Santos Rosa está desaparecido Foto: Reprodução
Conforme familiares do motorista de aplicativos Gilmar dos Santos Rosa, conhecido como Chitão, ele saiu às 20h30 de sábado de casa, no bairro Cardoso, em Parobé, para cobrar uma dívida de R$ 1 mil em Sapiranga. Ele teria buscado o dinheiro com a mãe do devedor às 21h30. E não deu mais notícias. Por volta das 9h30 de domingo, a Brigada Militar foi avisada sobre um carro queimado na Rua da Igreja, na localidade de Morro Negro. Era o Siena do motorista. No porta-malas, o pouco que sobrou de um corpo carbonizado.

Ocorrências

“Há poucos moradores na área. Ninguém viu nada. Acreditamos que o fato tenha ocorrido depois das 6 horas”, comenta o comandante da corporação em Parobé e Taquara, capitão Gabriel Damásio. Quando os brigadianos registravam o fato na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Taquara, chegou a esposa do motorista para comunicar o desaparecimento. “O Siena estava em nome de terceiro, mas era usado por essa pessoa para Uber”, observa o capitão.

Polícia tem pistas de agiotagem

O delegado tem pistas que o crime esteja relacionado a agiotagem. “A possível vítima lidava com isso. Acreditamos que o fato tenha relação com empréstimo, cobrança, mas ainda é cedo para afirmar. Estamos ouvindo pessoas.” Rocha acrescenta que o desaparecido se envolveu em homicídio, há mais de quatro anos, que teria como motivação a agiotagem.

Homem já matou ao fazer cobrança e ficou 4 anos preso

Na noite de 9 de janeiro de 2016, Gilmar Rosa foi até a Rua Alcides da Rosa, no bairro Paraíso, em Parobé, para cobrar dívida. Houve tiroteio, que resultou na morte do morador Carlos Darci Machado Weber, 53, com três tiros no abdome. A vítima teria efetuado o primeiro disparo. O autor do homicídio fugiu, mas testemunhas entregaram Gilmar, que estaria em uma caminhonete Toyota Hilux. Em maio do mesmo ano, o suposto agiota foi capturado por meio de prisão preventiva e, em julho, se tornou réu do processo de homicídio, com denúncia do Ministério Público aceita pelo Judiciário.

Gilmar tentou habeas corpus durante mais de quatro anos. Nunca conseguiu. A soltura só veio em agosto do ano passado. E com absolvição sumária. Ao decidir se ele deveria ir a júri, a juíza Magáli Ruperti Rabello acatou a tese de legítima defesa. “O Ministério Público, em sede de alegações finais, reconheceu que o acusado agiu em legítima defesa e, assim, pediu a absolvição sumária do acusado”, despachou. E Concluiu: “Por todo o exposto, julgo improcedente a denúncia e absolvo sumariamente o réu Gilmar dos Santos Rosa da acusação de homicídio qualificado.”


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