Desde que foi divulgada a aplicação da primeira dose da CoronaVac em território brasileiro, no último domingo (17), um questionamento tornou-se recorrente nas redes sociais: por que o profissional da saúde que aplicou a vacina não estava usando luvas? Conforme o coordenador do Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS), João Carlos da Silva, o “uso de luvas para a vacinação é recomendado, mas não obrigatório.”
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Nesta quarta-feira (20), o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) publicou uma cartilha com orientações de prevenção e controle para os profissionais de Enfermagem que atuam na vacinação contra a Covid-19. Entre as especificações há um trecho que trata sobre a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), com destaque para o questionado uso – ou não - das luvas. “Luvas devem ser usadas somente com indicações específicas e trocadas entre as(os) pacientes, com adequada higienização das mãos”, diz o texto.
Em outro trecho, o Cofen explica que as luvas devem ser usadas em situações pontuais como em casos de “vacinadoras(es) com lesões cutâneas, presença de lesão no local de aplicação ou nas raras situações que envolvam contato com fluídos corporais da(o) paciente. Se usadas, devem ser trocadas entre as(os) pacientes, associadas à adequada higienização das mãos.”
Entretanto, o profissional do Coren-RS frisa que o uso de máscara de proteção e a higienização das mãos são indispensáveis, principalmente no atual contexto da pandemia de Covid-19. “Se houve algo de positivo que essa pandemia trouxe e pode deixar como legado é esse reforço nos cuidados que devemos ter com a higienização e utilização dos EPIs”, pontua.
Máscara Cirúrgica: dever ser trocada a cada 2 horas e sempre que estiver úmida ou suja;
Protetor facial (face shield) ou óculos de proteção;
Avental Descartável para uso diário: (1 por dia) ou avental de tecido higienizado diariamente pelo serviço, evitando que o profissional leve o avental para a sua residência;
Luvas: somente com indicações específicas, como vacinadoes com lesões cutâneas, presença de lesão no local de aplicação ou nas raras situações que envolvam contato com fluidos corporais da(o) paciente. Se usadas, devem ser trocadas entre as(os) pacientes, associadas à adequada higienização das mãos.
Higienização das mãos: a cada vacinação com álcool gel 70% e a cada cinco vacinações a lavagem com água e sabão.
Respirador PFF2/N95: recomendado para ambientes sem ventilação e/ou circulação de ar adequada, para uso com pacientes institucionalizados ou confinados, como nas Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPIs) e estabelecimentos prisionais, ou que apresente o risco de aerossóis.
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