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Notícias | Região Covid-19

Região recebe nesta segunda-feira as primeiras doses da vacina de Oxford

1ª Coordenadoria Regional de Saúde, que abrange maioria das cidades da região, deve receber 21 mil doses. Secretaria Estadual da Saúde deve definir a partir desta segunda a quantidade de vacinas por municípios

Por Suélen Schaumloeffel
Publicado em: 25.01.2021 às 07:00 Última atualização: 25.01.2021 às 12:19

Carregamento com 116 mil unidades da vacina de Oxford chegou ontem ao Estado Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
Nesta semana, mais 116 mil pessoas deverão ser vacinadas contra Covid-19 em todo o Estado. Na manhã de domingo, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) recebeu o primeiro carregamento da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca, importadas da Índia. Diferentemente do que aconteceu na semana passada com a CoronaVac, o total recebido será repassado aos municípios para aplicação imediata, não sendo reservada a segunda dose, devido ao prazo de 12 semanas para a aplicação deste reforço, possibilitando a entrega de novo carregamento.

A 1ª Coordenadoria Regional de Saúde, que congrega a maioria das cidades da região de abrangência do Jornal NH, deverá receber 21 mil doses nesta leva. No entanto, não havia até domingo definição sobre o número de doses por município. O foco segue sendo a proteção de profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate à Covid-19.

Na semana passada, o Rio Grande do Sul recebeu o primeiro carregamento de vacinas contra o novo coronavírus. Ao todo, foram 341,8 mil doses da CoronaVac, produzida em parceria entre o Instituto Butantan e laboratório chinês Sinovac. Destas, 170,8 mil doses foram distribuídas aos 497 municípios gaúchos. A outra metade está guardada para a aplicação da segunda dose.

Novo Hamburgo recebeu o maior lote na região, podendo imunizar ao todo 2.966 pessoas. Os 44 municípios daqui, juntos, receberam 13.714 doses na primeira remessa da CoronaVac. Um poucos mais da metade das 26 mil doses destinadas a 1ª CRS, que atende 66 municípios.

Com esse o carregamento das vacinas de Oxford será possível vacinar, com a primeira dose, cerca de 61% dos trabalhadores da saúde no Estado, aproximadamente 254 mil de um total estimado de 417 mil pessoas. A vacina será direcionada ao grupo de trabalhadores da saúde, priorizando aqueles que estão na linha de frente no atendimento às pessoas com a doença na rede de urgência e emergência, ambulatórios de Covid-19, entre outros.

Além das vacinas de Oxford, o Rio Grande do Sul aguarda o repasse de nova carga de CoronaVac, que teve liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última sexta-feira. Ainda não se sabe quanto das 4,1 milhões de doses cada Estado receberá.

Segundo a SES, conforme mais doses forem distribuídas daqui para frente, de acordo com os envios pelo Ministério da Saúde, progressivamente a proteção aos trabalhadores da saúde será ampliada até a sua totalidade, além da campanha começar a abranger demais grupos de risco, como os idosos e as pessoas com doenças crônicas.

Para o primeiro lote da CoronaVac, distribuído na última semana, além dos trabalhadores da saúde, também foram elencados como prioritários as pessoas acima de 60 anos que residem em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência institucionalizadas e população indígena.

Butantan repassará menos vacinas do que o esperado

O Instituto Butantan informou que a estimativa de ter 4,8 milhões de doses da CoronaVac no segundo lote liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estava incorreta. Após o processo de envase e conferência da matéria-prima no complexo fabril, a instituição constatou uma redução de 700 mil unidades, chegando a um total de 4,1 milhões de novas vacinas contra covid-19 disponíveis.

Segundo o Butantan, 900 mil dessas doses foram destinadas ao Programa Nacional de Imunizações na sexta-feira. No entanto, até o momento, nenhuma destas doses chegou ao Rio Grande do Sul. "As demais doses serão enviadas tão logo passem por inspeção de controle de qualidade", justificou o instituto.

Das 8,7 milhões de unidades previstas até 31 de janeiro, 6,9 milhões foram entregues. O instituto deve entregar 46 milhões de unidades da CoronaVac até abril, mas ainda aguarda a chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA) da farmacêutica chinesa Sinovac. Há ainda a opção do governo federal adquirir mais 56 milhões de unidades.

Diferença de prazos para a segunda dose

Tanto a CoronaVac quanto a vacina de Oxford possuem esquema de duas doses para completar a imunização. A CoronaVac deve ter a segunda dose aplicada quatro semanas após a primeira, por isso ela teve apenas metade do lote (170,8 mil doses) já distribuída aos municípios. A outra metade fica reservada para envio nas próximas semanas.

Já a vacina da Oxford/AstraZeneca, que possui no Brasil acordo com a Fiocruz, tem a segunda dose prevista para 12 semanas após a primeira. Por causa deste prazo maior, conforme a SES, terá toda a quantidade recebida já distribuída para uso. Até chegar o momento da segunda dose desses vacinados, um novo lote já deve estar disponível pelo Ministério da Saúde.

Fiocruz prevê ter insumos da vacina em duas semanas

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) espera receber no dia 8 de fevereiro insumos da China para a produção da vacina de Oxford no Brasil. Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) não poderá ser entregue ainda este mês, conforme inicialmente previsto.

Em função da dificuldade em conseguir importar insumos para produzir a vacina no Brasil, a Fiocruz já negocia a importação de um segundo lote do imunizante (o primeiro veio da Índia), enquanto a fabricação nacional não começa. A nova compra no exterior, porém, está em negociação. Não há data nem quantidade definidas.

Em relação ao IFA chinês, estão previstas a compra em dois lotes, com intervalo de duas semanas entre eles. Cada um trará produto suficiente para produzir 7,5 milhões de doses - ao todo, 15 milhões.

A expectativa é que a Fiocruz produza as primeiras doses em março, ainda com insumo importado. A partir de abril, começará a produzir o IFA. A previsão é fabricar 100,4 milhões de vacinas até julho. No fim do ano, devem ser produzidos mais 110 milhões.

Estado já recebeu mais de 457 mil doses

Este é o segundo tipo de vacina contra a Covid-19 liberado para uso no País até o momento. Somadas às 341,8 mil unidades da CoronaVac que chegaram ao Rio Grande do Sul na segunda-feira passada, dia 18, já são mais de 457 mil doses recebidas.

Até domingo, os dados enviados pelos municípios registravam 76.260 doses aplicadas, sendo mais de 53.915 trabalhadores da saúde, 19.182 idosos residentes de instituições, 1.992 indígenas e 622 pessoas com deficiência.


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