Até terça-feira, antes que a terceira dose da remessa da vacina contra a Covid-19 fosse distribuída, sete municípios da região haviam aplicado 100% das doses recebidas: Capela de Santana (80 doses), Feliz (190), Morro Reuter (55), Picada Café (95), Riozinho (84), Santa Maria do Herval (54) e São Vendelino (40).
A cidade de Feliz recebeu 110 monodoses de CoronaVac na primeira remessa e 80 doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, distribuídas em oito ampolas, cada um com dez doses. Do imunizante de Oxford, o município conseguiu aplicar três doses a mais, ou seja, 83 doses.
Já São Vendelino, que recebeu 10 monodoses de CoronaVac e 30 doses de Oxford, com frasco de dez aplicações, aplicou três doses extras. Em resumo, fez render uma dose a mais por ampola. Segundo o Setor de Imunizações da prefeitura, assim que os fabricantes alertaram para a possibilidade de fazer render mais os frascos para a vacinação contra a Covid-19, a atenção foi redobrada. Dessa maneira, a equipe tem tido a preocupação de aproveitar ao máximo o imunizante.
Se o bom resultado de São Vendelino fosse reproduzido em um volume de 2,5 mil doses, por exemplo, 250 pessoas a mais seriam protegidas contra o coronavírus.
No sábado, o Jornal ABC publicou matéria sobre o assunto, informando que o Instituto Butantan fez um comunicado recomendando um melhor aproveitamento das ampolas da CoronaVac. Segundo o Butantan, cada frasco de CoronaVac possui, nominalmente, 10 doses de 0,5 mililitros (ml). Mas por conta das boas práticas de fabricação, o instituto envasa um volume maior, de 6,2 ml. Dessa maneira, esse volume extra, se retirado corretamente das ampolas, poderia render até duas doses a mais.
A lógica de fabricação é a mesma utilizada na vacina de Oxford. Conforme a assessoria da Fiocruz, o imunizante é envasado de modo a garantir que o frasco tenha dez doses utilizáveis, considerando possíveis variações no envase e pequenas perdas no manuseio dos frascos nos postos de vacinação.
Na reportagem publicada sábado, chefe do Centro Estadual de Vigilância Sanitária (Cevs), Tani Ranieri, disse que é difícil haver sobras de vacina. Segundo Tani, se por ventura sobra líquido no frasco, os vacinadores aspiram até terminar. Mas só é possível aplicar uma nova dose que a quantia for de 0,5 ml.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), sempre existe uma perda esperada de líquido no momento da aplicação. No entanto, aquilo que sobra, pode ser aspirado até formar uma nova dose.
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