Se na semana passada a 1ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) cobrava celeridade dos municípios na imunização contra a Covid-19, nesta semana a movimentação das equipes de vacinação foi intensa.
Drive-thru, visitas à domicílio e horário estendido foram algumas das estratégias adotadas. Inclusive, há pelo menos 13 cidades da região que já deram início à aplicação da segunda dose.
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Isso ocorre pouco menos de um mês do início da campanha, que começou na região em 19 de janeiro. Conforme o vacinômetro do governo do Estado, Novo Hamburgo foi quem aplicou mais vacinas da segunda dose, somando 970 até a tarde de sexta-feira.
Já na avaliação geral, Campo Bom já tinha utilizado 73% das 2.272 vacinas recebidas, o melhor percentual da região. No entanto, no vacinômetro não constava a informação de nenhuma vacina da segunda dose ainda.
"Estamos ampliando a vacinação a cada dia. Houve muita melhora em relação a semana passada", avalia a titular da 1ª CRS, Ane Beatriz Nantal.
Segundo ela, à medida que novas doses forem chegando, o que ainda não tem uma data prevista pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), o ritmo de imunização deve ser mais rápido.
O Rio Grande do Sul recebeu até agora 704.400 doses de vacinas, tendo distribuído 701.623.
A titular da 1ª CRS comenta que a ouvidoria do órgão recebeu um volume grande de ligações, em especial, de profissionais da saúde questionando o motivo de não serem imunizados.
Na quinta-feira, a SES publicou nova resolução sobre a prioridade de vacinação para os profissionais da saúde. A partir de agora os trabalhadores de saúde para serem vacinados precisam ter, no mínimo, a habilitação profissional e documento que comprove o exercício profissional atual.
Na avaliação de Ane, os trabalhadores da saúde, área que envolve diversas profissões, precisam entender que existem públicos mais vulneráveis. "A normativa da ordem de vacina não foi tirada do nada, existe critério. Agora psicólogo que faz atendimento on-line e que só tem contato com a família querendo se vacinar agora, vamos ter um pouco de bom senso!", declara.
Conforme Ane, ela mesma não recebeu vacina ainda e nem os funcionários da Rede Frio, que realizam o manejo e distribuição das doses.
Colaboraram: Joceline Silveira, Priscila Carvalho e Laira Souza.
"Não depende só da vontade de fazer ou não fazer. Tem toda uma questão cultural, religiosa, política por trás. Então, pra nós, foi gratificante por um lado e bem preocupante, por outro", comentou. "Tomei a vacina como indígena e como profissional de saúde, para sermos incentivo às outras pessoas da aldeia", coloca, destacando que não teve reações.
Agora, as recomendações continuam. "Porque a gente só vai estar seguro mesmo quando tomar a segunda dose. Por isso, nós da saúde orientamos: a importância de fazer a vacina, de usar máscara, manter o distanciamento e fazer a higiene correta das mãos."
A aposentada contou que se sente "finalmente aliviada" para poder, em breve, rever a família sem se expor ao risco de contaminação pela doença. "A ansiedade era muita, os dias pareciam que não passavam. Mas a saudade é o que machuca. Sinto falta de casa, dos meus sobrinhos e do meu sobrinho neto que não vejo há quase um ano. Ele aprendeu a andar e eu nem vi, acredita?", revelou emocionada.
A primeira dose da vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, feita em parceria com o Instituto Butantan, foi aplicada no dia 25 de janeiro, uma semana depois do início da campanha no Brasil.
Segundo Flávia, ela não sentiu nenhum efeito colateral ou reação adversa às doses das vacinas. "Agora estamos esperando para poder passear lá fora", comemora a aposentada que está em isolamento social desde março do ano passado.
Lisete foi a segunda pessoa a ser imunizada em Canoas. No dia que tomou a primeira dose recebeu muitas ligações, chamadas pelo WhatsApp e pessoas que a abordaram para saber se ela estava se sentindo bem. "Naquele dia fui dormir depois das duas horas da manhã", recorda. "As pessoas estavam com medo e receosas em serem imunizadas."
Ela lembra com carinho da mãe, de 74 anos, que ficou muito feliz por Lisete estar protegida. "Mas reforçou que era para eu continuar me cuidando." Para quem ainda está em dúvida sobre a vacina, a técnica recomenda fazer a aplicação. "É melhor termos uma garantia certa de um percentual de eficácia, do que não termos nada."
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