Publicidade
Notícias | Região Covid-19

Segunda dose já é aplicada nas cidades da região

Municípios da região montaram estratégias para acelerar vacinação na última semana e deram mais agilidade na aplicação das doses após cobrança feita pela 1ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS)

Por Débora Ertel
Publicado em: 13.02.2021 às 05:04

Técnica em enfermagem do Hospital Municipal de Canoas Lisete Hendges recebeu segunda dose Foto: Paulo Pires/GES
Se na semana passada a 1ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) cobrava celeridade dos municípios na imunização contra a Covid-19, nesta semana a movimentação das equipes de vacinação foi intensa.

Drive-thru, visitas à domicílio e horário estendido foram algumas das estratégias adotadas. Inclusive, há pelo menos 13 cidades da região que já deram início à aplicação da segunda dose.

CONTEÚDO EXCLUSIVO | Leia todas as notícias sobre coronavírus

Isso ocorre pouco menos de um mês do início da campanha, que começou na região em 19 de janeiro. Conforme o vacinômetro do governo do Estado, Novo Hamburgo foi quem aplicou mais vacinas da segunda dose, somando 970 até a tarde de sexta-feira.

Já na avaliação geral, Campo Bom já tinha utilizado 73% das 2.272 vacinas recebidas, o melhor percentual da região. No entanto, no vacinômetro não constava a informação de nenhuma vacina da segunda dose ainda.

Os dados oficiais mostram que 66 cidades gaúchas deram início à aplicação da segunda dose, somando 3.578 vacinas aplicadas. Os números referentes à aplicação da segunda dose passaram a ser divulgados na quarta-feira.

"Estamos ampliando a vacinação a cada dia. Houve muita melhora em relação a semana passada", avalia a titular da 1ª CRS, Ane Beatriz Nantal.

Segundo ela, à medida que novas doses forem chegando, o que ainda não tem uma data prevista pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), o ritmo de imunização deve ser mais rápido.

O Rio Grande do Sul recebeu até agora 704.400 doses de vacinas, tendo distribuído 701.623.

A titular da 1ª CRS comenta que a ouvidoria do órgão recebeu um volume grande de ligações, em especial, de profissionais da saúde questionando o motivo de não serem imunizados.

Na quinta-feira, a SES publicou nova resolução sobre a prioridade de vacinação para os profissionais da saúde. A partir de agora os trabalhadores de saúde para serem vacinados precisam ter, no mínimo, a habilitação profissional e documento que comprove o exercício profissional atual.

Na avaliação de Ane, os trabalhadores da saúde, área que envolve diversas profissões, precisam entender que existem públicos mais vulneráveis. "A normativa da ordem de vacina não foi tirada do nada, existe critério. Agora psicólogo que faz atendimento on-line e que só tem contato com a família querendo se vacinar agora, vamos ter um pouco de bom senso!", declara.

Conforme Ane, ela mesma não recebeu vacina ainda e nem os funcionários da Rede Frio, que realizam o manejo e distribuição das doses.

Colaboraram: Joceline Silveira, Priscila Carvalho e Laira Souza.

Incentivo e expectativa entre os indígenas

Indígena da aldeia Por Fi Ga, de São Leopoldo, Sueli Tomás aguarda pela segunda dose da vacina Foto: Diego da Rosa/;GES/Diego da Rosa/GES
Na aldeia indígena kaingang Por Fi Ga, no bairro Feitoria, em São Leopoldo, há expectativa pela aplicação da segunda dose da vacina, marcada para ocorrer na sexta (19). Moradora e técnica de enfermagem que atua no posto da aldeia, Sueli Tomás, 29, conta que a maioria dos residentes estava ansioso pela chegada da vacina, embora alguns tenham receio.

"Não depende só da vontade de fazer ou não fazer. Tem toda uma questão cultural, religiosa, política por trás. Então, pra nós, foi gratificante por um lado e bem preocupante, por outro", comentou. "Tomei a vacina como indígena e como profissional de saúde, para sermos incentivo às outras pessoas da aldeia", coloca, destacando que não teve reações.

Agora, as recomendações continuam. "Porque a gente só vai estar seguro mesmo quando tomar a segunda dose. Por isso, nós da saúde orientamos: a importância de fazer a vacina, de usar máscara, manter o distanciamento e fazer a higiene correta das mãos."

 

Contando os dias para abraçar a família

Flávia Maria Bento do Lar São Vicente de Paula, em Novo Hamburgo, foi vacinada na segunda-feira Foto: Arquivo pessoal
Há quatro anos morando no Lar São Vicente de Paula, em Novo Hamburgo, Flávia Maria Bento, de 73 anos, tomou a segunda dose da vacina contra a Covid-19 na segunda-feira passada.

A aposentada contou que se sente "finalmente aliviada" para poder, em breve, rever a família sem se expor ao risco de contaminação pela doença. "A ansiedade era muita, os dias pareciam que não passavam. Mas a saudade é o que machuca. Sinto falta de casa, dos meus sobrinhos e do meu sobrinho neto que não vejo há quase um ano. Ele aprendeu a andar e eu nem vi, acredita?", revelou emocionada.

A primeira dose da vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, feita em parceria com o Instituto Butantan, foi aplicada no dia 25 de janeiro, uma semana depois do início da campanha no Brasil.

Segundo Flávia, ela não sentiu nenhum efeito colateral ou reação adversa às doses das vacinas. "Agora estamos esperando para poder passear lá fora", comemora a aposentada que está em isolamento social desde março do ano passado.

 

Depois da segunda dose, é só alegria

Técnica em enfermagem do Hospital Municipal de Canoas (HU) Lisete Marcia Hendges recebeu segunda dose Foto: Paulo Pires/GES
Menos de um mês depois de tomar a primeira dose da vacina da Covid-19, a técnica em enfermagem do Hospital Municipal de Canoas (HU), Lisete Hendges, 49, é só alegrias e otimismo. No dia 10 de fevereiro ela recebeu a segunda aplicação e, mais uma vez, não teve qualquer sintoma ou reação. "Não senti nada, nem meu braço ficou doendo", diz.

Lisete foi a segunda pessoa a ser imunizada em Canoas. No dia que tomou a primeira dose recebeu muitas ligações, chamadas pelo WhatsApp e pessoas que a abordaram para saber se ela estava se sentindo bem. "Naquele dia fui dormir depois das duas horas da manhã", recorda. "As pessoas estavam com medo e receosas em serem imunizadas."

Ela lembra com carinho da mãe, de 74 anos, que ficou muito feliz por Lisete estar protegida. "Mas reforçou que era para eu continuar me cuidando." Para quem ainda está em dúvida sobre a vacina, a técnica recomenda fazer a aplicação. "É melhor termos uma garantia certa de um percentual de eficácia, do que não termos nada."

 


Quer receber notícias como esta e muitas outras diretamente em seu e-mail? Clique aqui e inscreva-se gratuitamente na nossa newsletter.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.