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Notícias | Região Comunidade

Diretoras de escolas de educação infantil pedem volta às aulas em Sapucaia

Representantes das escolas privadas têm reunião marcada para hoje com o prefeito Volmir Rodrigues

Por JEAN PEIXOTO
Publicado em: 12.03.2021 às 03:00 Última atualização: 12.03.2021 às 07:34

Diretoras de escolinhas infantis de Sapucaia do Sul pedem reabertura Foto: Diego da Rosa/GES
Cercadas de dúvidas e preocupadas com a sua sobrevivência, um grupo de diretoras de escolas particulares de Educação Infantil de Sapucaia do Sul requisitaram uma reunião com o prefeito Volmir Rodrigues para discutir sobre a retomada das aulas presenciais nas escolinhas, seguindo todos os protocolos de segurança. O encontro deve acontecer na manhã de hoje, mas na tarde de ontem, parte do grupo esteve reunido em frente ao Centro Administrativo para deliberar sobre a crise enfrentada pelo setor.

Esta é a segunda vez que as educadoras mobilizam-se durante a pandemia de Covid-19 para reivindicar a retomada das atividades presenciais. No dia 24 de novembro do ano passado, quando a região 8 do modelo de Distanciamento Controlado do Estado - à qual Sapucaia do Sul integra - estava em bandeira vermelha, representantes de 19 instituições de ensino privadas sapucaienses fizeram uma vigília de sete horas no Centro Administrativo para falar com o prefeito. Na tarde de ontem, apenas cinco diretoras escolhidas pelo grupo participaram da reunião no propósito de evitar aglomeração.

As diretoras explicam que as escolas particulares investiram capital próprio na adaptação dos seus espaços para atender todas as recomendações do COE Municipal e proteger os alunos e agora estão de portas fechadas. "Os cuidados foram todos tomados conforme o plano de contingência. Esperamos que o prefeito nos receba para nos dizer o que fazer. Sabemos o momento crítico que estamos passando, mas também precisamos de respostas, assim com os pais. Sabemos que até ao dia 21 continua tudo fechado, mas e depois?", comentou a diretora da escolinha Pedacinho do Céu, Marisa Kutter.

160 dias e nenhum caso

Marisa comenta que, após a reabertura das escolinhas no ano passado, foram 160 dias de aulas sem nenhum caso de contaminação de aluno ou funcionário. As educadoras ressaltam, entretanto, que não estão pedindo a reabertura durante a bandeira preta, mas pedem a retomada assim que a situação for amenizada. Segundo elas, já há filas de espera de pais que necessitam do apoio das escolinhas.

Desenvolvimento

Uma das principais preocupações das diretoras referese ao atraso no desenvolvimento social, pedagógico e a saúde mental das crianças. Outro questionamento repousa sobre o fato de que as crianças não estão ficando isoladas em casa, mas estão em casas de cuidadores que, segundo elas, em muitos casos comportam mais crianças do que as salas de aula e não seguem os protocolos. “Cada criança tem seu álcool gel. Todas as sala têm papel toalha. Nas escolas públicas nós concordamos que não há estruturas, mas nas nossas há. Porque nós investimos dinheiro do nosso bolso.

Demissões para se manter

Muitas das escolinhas particulares de Sapucaia do Sul precisaram demitir funcionários para se manter em atividade. Na Pedacinho do Céu foram 14 demissões desde o início da pandemia. As diretoras temem pela possibilidade de fecharem as portas e perder a sua fonte de renda.

Volta apenas para quem quiser

As diretoras ressaltaram que a proposta não é a obrigatoriedade de reabertura, mas possibilidade de retomada, quando a região sair da bandeira preta, para que os pais que precisarem, tenham onde deixar seus filhos. Elas salientam que todos protocolos de segurança foram seguidos


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