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Sandra destaca que a procura por atendimento no CTM e no CAC, que funcionam de forma integrada, aumentou expressivamente em dois momentos: após as festas de final de ano e depois do feriadão de carnaval. "Começou a aumentar em dezembro, mas depois do carnaval explodiu", comenta. Sandra conta que, na última segunda-feira (8), 253 pessoas foram atendidas no CTM e 204 no CAC. "Foi muito puxado. Algumas pessoas chegaram em um estado bastante debilitado", lembra. Segundo ela, as segundas-feiras são os dias de maior movimento nos serviços.
Em agosto do ano passado, a Prefeitura de São Leopoldo transferiu o CTM, que até então funcionava na antiga sede da Unisinos, para o Ginásio Municipal. Em dezembro, com o objetivo de reduzir o tempo de espera no Centro de Saúde da Feitoria, no Hospital Centenário e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte, a administração municipal abriu o CAC, que funciona a partir das 8 horas e, desde a quarta-feira está operando com horário estendido até as 21 horas.
De portas fechadas
Desde a tarde da última quarta-feira, quando atingiu lotação de 250%, quem procura atendimento na UPA Zona Norte, no bairro Scharlau, depara-se com seus portões fechados.
Na tarde de ontem, a taxa de ocupação da UPA estava em 239% da sua capacidade. Mediante o aumento expressivo das contaminações pelo coronavírus no Município, desde a última sexta-feira (5), a Prefeitura realizou uma reorganização estrutural e definiu que a UPA serviria exclusivamente para o atendimento de pacientes com Covid-19. Por conta disso, as emergências clínicas e pediátricas da UPA foram transferidas para o Hospital Centenário. No entanto, o cenário de superlotação provocou o fechamento da UPA. Outra alteração implementada foi que o Centro de Saúde Feitoria passou a ser referência para o atendimento de casos clínicos.
A orientação da Prefeitura é que para casos graves a população busque atendimento no Hospital Centenário, mas para casos leves, a recomendação é que os leopoldenses dirijam-se ao Centro de Saúde da Feitoria ou ao CAC, que funcionará também nos finais de semana. Na tarde de ontem, cerca de 18 pessoas aguardavam atendimento no Centro de Saúde da Feitoria. Para evitar aglomerações, a orientação afixada na porta da unidade exige o uso de máscaras e recomenda o distanciamento entre os pacientes.
Apesar da abertura de novos leitos clínicos nos últimos dias, o Hospital Centenário segue operando com lotação máxima. Todos os 28 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HC estavam lotados ontem, sendo 20 deles com pacientes infectados pelo coronavírus e oito por pacientes com outras doenças. Na enfermaria Covid-19, a situação era ainda mais crítica. Com capacidade para atender a 38 pacientes, até a tarde de ontem, havia 41 leitos em uso, uma taxa de ocupação de 110%.
Em transmissão ao vivo realizada na noite de ontem, o prefeito Ary Vanazzi e o secretário municipal da Saúde, Marcel Frison, anunciaram que o Centro de Saúde Feitoria terá, a partir de hoje, uma ala para atendimento de pacientes com Covid-19. A quantidade de vagas não foi informada. Também será retomada a análise dos testes RT-PCR no Laboratório Municipal, que funciona junto ao Serviço de Atendimento Especializado (SAE). Haverá multa para quem for flagrado sem máscara.
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