O diretor do Hospital de Tramandaí, Luis Genaro Figoli, publicou um vídeo um suas redes sociais mostrando a superlotação de leitos no Hospital de Tramandaí. Na manhã deste domingo (21) a casa de saúde tinha 36 pacientes na UTI. Entre os internados, 83,3% (30) estavam confirmados para Covid-19 e 5,6% (2) tinham suspeita da doença.
No vídeo é possível perceber a superlotação do local com pacientes alocados em todos os cantos da emergência do hospital. "Isto é o que estamos enfrentando na emergência do HT", descreveu Figoli na postagem do vídeo.
Durante a semana, circulou nas redes sociais um outro vídeo em que um homem afirma que há leitos vagos no Hospital de Tramandaí. Segundo Figoli, o homem ainda abriu válvulas de oxigênio do hospital. "É uma falta de respeito absoluto com todas as trabalhadoras e trabalhadores do Hospital de Tramandaí e de toda saúde que estão se esforçando estão fazendo um trabalho esmerado e sofrido para ajudar a população em meio a esse caos que se tornou a pandemia", desabafou.
Figoli explicou que os leitos mostrados pelo homem precisavam ser esterilizados para receber novos pacientes e, por isso, estavam temporariamente vagos.
Segundo o diretor do hospital, o homem estava internado na casa de saúde e fugiu depois de gravar o video. "Estamos fazendo um boletim de ocorrência por ele ter fugado do tratamento, por ter filmado no hospital sem autorização, por ter aberto as válvulas de oxigênio e por ter feito denúncias falsas que ele vai ter que provar", completou.
Em relação ao oxigênio, o diretor do hospital afirmou que ainda não há escassez do insumo, embora o consumo tenha aumentado mais de três vezes.
Em relação ao kit de intubação, Figoli disse que é situação crítica para todos os hospitais. "Temos medicamentos para poucos dias, estamos comprando em alguns fornecedores que ainda tem. Mas a crise se avizinha. Não existe matéria prima que é importada da Índia e da China e no mundo todo o consumo explodiu", revela.
Segundo Figoli, é preciso uma ação das autoridades públicas para amenizar o problema. "Não sei se os hospitais, isoladamente, vão ter condições de resolver. Já estamos remanejando protocolos de uso de medicamentos para não faltarem e podermos manter os pacientes com conforto assistencial", completou.
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