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Notícias | Região Volta da cogestão

Alívio e esperança na reabertura do comércio na região

Setor comemora retorno do atendimento presencial, com restrições, após novas regras do Estado

Por Priscila Carvalho
Publicado em: 23.03.2021 às 03:00 Última atualização: 23.03.2021 às 07:22

Com reabertura atenta aos cuidados, lojistas apostam nas promoções para atrair clientes Foto: Diego da Rosa/GES
Ainda não é o movimento que se espera, mas já traz um sinal de esperança. O primeiro dia de retorno do funcionamento do comércio não essencial em São Leopoldo, seguindo restrições - dentro do sistema de cogestão, liberada pelo governo estadual neste fim de semana -, já registrou maior circulação de pessoas pelas ruas, especialmente da área central, aumentando a expectativa dos lojistas em minimizar as perdas do período sem poder atender presencialmente.

No total, foram cerca de três semanas atendendo somente no sistema de vendas on-line e pelas redes sociais, com tele-entrega dos produtos, o que ajudou a manter o vínculo com os consumidores. Mas, a opinião é unânime: estar de portas abertas é o diferencial para as vendas.

Alívio

E é por isso que a palavra mais usada pelos representantes do setor neste primeiro dia de reabertura foi alívio. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de São Leopoldo, Walter Seewald, disse que as novas flexibilizações são, de fato, um alento para a categoria. "Não é que vai recuperar em meia dúzia de dias, mas vai amenizar um pouco das despesas que temos", ponderou, citando acreditar que a proximidade com a Páscoa deve movimentar mais o comércio.

Seewald também reforçou que o setor não é o culpado pela situação atual da pandemia na cidade e, sim, as festas clandestinas e aglomerações registradas não só aqui, mas em todo o Brasil. O mesmo já havia sido comentado pelo presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo (Acist-SL) Siegfried Koelln, que também se colocou favorável às regras da cogestão.

A sensação de alívio foi mencionada ainda pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Olinto Menegon. "Realmente foi uma tranquilidade (poder reabrir) pra nós. Porque estamos muito preocupados com isso e, dentro do Comitê (de Atenção ao Coronavírus), sempre foi uma das nossas reivindicações que as autoridades revissem a situação caótica e crítica que os lojistas estavam passando", sublinhou. "Esse momento não vai resolver a tão curto prazo, mas vai nos tirar a angústia de estar com as portas fechadas."

Abertura faz a diferença

Quem também comemorou o retorno foram os comerciantes. As vendas on-line durante o tempo de portas fechadas foram a opção para maioria, mas a alternativa "nem sem compara" com o atendimento presencial, nas palavras deles. "O nosso público é muito de rua, então, é um alívio, sim, uma esperança para que a gente consiga sair dessa dificuldade. Viemos de meses difíceis, janeiro e fevereiro são mais fracos, mas a gente já espera. Mas aí, já emendou março e estávamos preocupados com abril, que é um mês melhor", justificou Franciele Fernandes, gerente de uma loja da calçados e acessórios na Rua Independência. "Estamos bem esperançosos que seja um retorno bom e tomando todas as medidas possíveis: tanto com as vendedoras, porque queremos preservar elas, quanto com os clientes."

"As gurias estão todas animadas por voltar. Estávamos trabalhando por Whats, mas não é a mesma coisa que abrir a loja", avaliou Débora Prestes Szunski, gerente de outra loja do ramo calçadista no Centro, torcendo para que os estabelecimentos não precisem mais fechar. "Se os clientes virem, respeitando (as regras), acredito que não terá problema."

Como ficaram as regras

Supermercados: podem atender todos os dias com limite de um cliente para cada 8 metros quadrados e fixação de cartaz com o número máximo de pessoas, no horário compreendido das 5h às 22h. Das 22h às 5h, apenas delivery.

Farmácias: podem atender todos os dias, tanto com tele-entrega, quanto com a presença de clientes, com o limite de um cliente para cada 8 metros quadrados, sem restrições de horário, desde que com distanciamento.

Comércio e serviço essencial: pode receber clientes todos os dias, com o limite de um cliente para cada 8 metros quadrados.

Comércio não essencial: podem atender de segunda a sexta-feira, das 5h às 20h, com limite de um cliente para cada 8 metros quadrados, cartaz na entrada identificando o limite de clientes e medidas de higiene e distanciamento. Das 20h às 5h, somente delivery, assim como nos sábados, domingos e feriados. A modalidade de tele-entrega não tem restrições de horário.

Restaurantes, bares e lancherias: podem receber clientes de segunda a sexta-feira, das 5h às 18h, com lotação máxima de 25%. Com distanciamento de dois metros entre as mesas e máximo 4 pessoas por mesa. Sendo proibido música ao vivo. Também podem operar com pegue e leve e drive-thru, até as 20h. Sábado, domingo e feriado, fechados para clientes podendo operar em pegue e leve e drive drive-thru entre as 5h e as 20h. A modalidade de tele-entrega não tem restrições de horário.

Cabeleiros, barbeiros e estéticas: podem receber clientes de segunda a sexta-feira, com limite de um cliente para cada atendente e distanciamento de dois metros entre clientes, das 5h às 20h. Ficando fechado em sábado, domingo e feriado.

Academias e piscinas (inclusive em clubes e condomínios): fica permitido o atendimento, exclusivo para atividade individual com fins de manutenção da saúde e lotação de uma pessoa para cada 32 metros quadrados de área útil de circulação. Com obrigatoriedade de cartaz com número máximo de pessoas. Grupo de no máximo duas pessoas para cada profissional habilitado. Indústria: lotação máxima de 75% dos trabalhadores e distanciamento interpessoal nos postos de trabalho e nos refeitórios.

Hotéis e alojamentos com lotação máxima de 50% nos estabelecimentos que tenham o Selo Turismo Responsável e 30% nos demais, com as áreas comuns fechadas em todos os estabelecimentos. A permanência em praças e parques segue vedada.

Feiras ao ar livre seguem permitidas com comércio de produtos alimentícios agrícolas e distanciamento de três metros entre as barracas.

Alternativas on-line e promoções para clientes

O período fechado motivou o fortalecimento das ações de lojistas na Internet e pelas redes sociais. Na loja de Franciele, por exemplo, sorteios e a divulgação das promoções foram realizadas e, agora, com a loja aberta, a aposta também é grande na liquidação de produtos de verão e oferecimento da nova coleção outono-inverno. Tudo para abranger o maior público possível. No estabelecimento onde Brenda Mendes é gerente, as redes sociais também ajudaram no tempo sem atendimento presencial, inclusive com a realização de um bazar on-line. Brenda pondera que entendeu necessário o fechamento nesse momento, pela explosão nos casos de Covid, mas comemorou a reabertura.

“Estamos bem confiantes, tomando todas as medidas”, disse, salientando que ainda percebe a falta de consciência em parte da população, que não aceita cumprir as regras, muitas vezes. “Mas temos que nos cuidar e ter fé que a vacina logo vai chegar para todos.”

Pela região

Nos demais municípios da região de cobertura do Jornal VS - Esteio, Sapucaia do Sul, Portão e Capela de Santana - as regras da cogestão, mediante liberação do governo estadual, também foram adotadas e já estão valendo.


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