A cultura de poupar água potável em casa deve ser incentivada sempre, pois traz benefícios expressivos a cada indivíduo e também ao coletivo. Começa pela redução no valor da conta de água, passa pela economia em investimentos em infraestrutura e chega à necessidade de conservar e proteger o meio ambiente. Alguns números exemplificam bem essa questão do desperdício: se uma torneira de jardim, com vazão de 12 litros por minuto, ficar ligada durante 15 minutos poderá consumir, no mínimo, 180 litros de água. Por isso se fala tanto em usar balde, lava-jato e, de uns anos para cá, em cisternas, que possibilitam o armazenamento da água da chuva e posterior reutilização em limpezas e sistema sanitário.
Instalação em casa
Vinicius Ortolan, professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Feevale, destaca que hoje no mercado existem vários modelos de cisternas, de diferentes materiais, formatos e volumes, com condições de atender facilmente às demandas de água para usar no vaso sanitário, lavar o carro, o quintal ou a calçada, entre outras situações. "São encontradas em estabelecimentos comerciais especializados, com kits para serem instalados em residências e pequenos condomínios. Outra possibilidade é construí-las em casa comprando os materiais adequados e montando, também com o auxílio técnico de especialistas", comenta.
Cisternas feitas de tijolos, placas de cimento, bombonas e tonéis são bem populares, com capacidades que vão de 100 a 10 mil litros. "Fora o reservatório, é preciso ficar atento ao projeto como um todo, incluindo a tubulação vinda do telhado e a torneira de saída de água." Além disso, segundo Vinicius, deve-se dar atenção aos sistemas que impedem que a água transborde durante chuvas fortes ou seja contaminada. "Quando desce do telhado, ela pode estar repleta de folhas, galhos e terra. Então, é necessário instalar um filtro para fazer com que só a água seja armazenada, sem sujeira nenhuma", explica o engenheiro.
Ainda sobre contaminação, uma sugestão é usar cloro de piscina com frequência, limpar a cisterna quando essa estiver vazia e manter a tampa do reservatório fechada. "Assim, a água acumulada ficará mais tempo limpa. Esses cuidados contribuem para evitar possíveis focos do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue."
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Após instalada a cisterna, é só esperar vir a chuva. De acordo com a meteorologista da MetSul Meteorologia, Estael Sias, para o mês de abril a previsão estará dentro da média histórica: 107,3 mm. Já em maio e junho, a tendência é de chuva abaixo da média (118,8 mm e 141,3 mm, respectivamente). "Os dois meses terão maiores períodos de sol e tempo seco, com chuva irregular e não distribuída", informa.
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