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Notícias | Região Crime virtual

IGP investiga vídeo de cadáver de mulher vítima de feminicídio divulgado em redes sociais

Órgão ressalta em nota que o registro e a publicação de imagens dos corpos periciados são proibidos e que o compartilhamento pode acarretar a exoneração do servidor responsável

Por Jean Peixoto
Publicado em: 29.03.2021 às 20:10 Última atualização: 29.03.2021 às 20:39

Após ser assassinada de forma brutal pelo ex-companheiro na última quinta-feira (25), a sapucaiense de 29 anos que foi morta a facadas na Avenida 25 de Julho tornou-se vítima de outro crime. Na tarde desta segunda-feira (29), um vídeo com imagens do corpo nu da mulher dentro de um saco para armazenamento de cadáveres, com os braços mutilados e o tórax costurado, foi divulgado em grupos de WhatsApp.

No vídeo, que tem duração de cinco segundos, o corpo da vítima é filmado com destaque para os membros mutilados. O corpo aparece acomodado dentro de uma caixa. Ao fundo, é possível identificar uma voz masculina que alerta: “Isso daí não é pra tu mostrar pra ninguém.”

Na tarde desta segunda-feira, a Polícia Civil informou que não tinha conhecimento das imagens. O Instituto-Geral de Perícias (IGP), responsável pela necropsia do cadáver, manifestou-se por meio de nota, destacando que “a divulgação de imagens de objetos periciados em canais de divulgação privados, pessoais ou fora do âmbito institucional é proibida.” Segundo o IGP, as imagens não teriam sido registradas nas dependências do Departamento Médico-Legal (DML). O caso foi encaminhado para a corregedoria do órgão, que deve apurar os fatos.

Confira a nota na íntegra

A análise inicial do material mostra indícios de que a filmagem não foi realizada nas dependências do Departamento Médico-Legal (DML), em Porto Alegre, onde aconteceu a necropsia. A urna funerária onde está o corpo, por exemplo, não pertence ao DML. Cabe ressaltar que a atuação dos profissionais do Instituto-Geral de Perícias é baseada em princípios éticos e comprometimento com o sigilo e discrição em todas as etapas do atendimento. A divulgação de imagens de objetos periciados em canais de divulgação privados, pessoais ou fora do âmbito institucional é proibida. O descumprimento pode levar à exoneração do servidor responsável. Tão logo a Direção-Geral do IGP tomou conhecimento do vídeo, o caso foi encaminhado para Corregedoria, para apuração dos fatos.


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