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Em um desses casos graves, um servidor, que tem diabetes, segue internado e entubado no Hospital Getúlio Vargas. Outro guarda, que também precisou de internação, continua afastado, se recuperando de sequelas severas deixadas pela doença. Ambos trabalhavam na base operacional. A Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito diz, em nota, que os casos foram "pontuais" e que "após investigação da Vigilância em Saúde, não representaram que partiram de dentro da base".
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"Este colega que tem diabetes trabalhava com um outro que positivou. Entretanto, mesmo com essa situação não foi afastado e foi obrigado a continuar trabalhando", comenta um agente da Guarda, que pede para não ser identificado.
Ele alega que houve negligência por parte da administração. "Houve falta de transparência sobre a gravidade da situação. Foram ocorrendo baixas por atestados o que resultou na diminuição do efetivo. Por conta disso, os servidores foram direcionados para trabalhar em horas extras, em turnos e horários diferentes dos seus de origem, o que ocasionou a contaminação mais rápida. Como trabalhamos em contato com a população podemos estar ajudando a disseminar o vírus", preocupa-se.
Outro servidor, que também prefere não ser identificado, reclama da falta de medidas preventivas. "Em pleno surto e agravamento da pandemia, não foi tomada nenhuma medida concreta para amenizar a situação. Não interditaram a base operacional, em todo período foi disponibilizado apenas uma única vez os testes rápidos, porém para um grupo reduzido de servidores", conta.
Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito afirma que “em alguns casos, por exemplo, familiares tiveram a doença e consequentemente contaminaram o servidor”, diz o texto, descartando a possibilidade de ter havido surto no setor. “Outro fator que descarta o surto é que servidores contaminados não tiveram contato entre si, por trabalharem em locais e escalas diferentes”, informa a nota. A secretaria destaca, ainda, que servidores do grupo de risco foram afastados e alguns receberam férias no mês de março, quando teve um aumento de casos de Covid-19 em todo o município.
“Todos os servidores com sintomas estão sendo orientados a procurar atendimento médico. Os positivados estão recebendo acompanhamento da equipe de saúde de Sapucaia do Sul”. Além disso, o texto ressalta que no início de março, a Secretaria de Saúde foi até a base da GM testar todos os servidores e que foi realizada uma sanitização no prédio. “Caso haja necessidade, novos testes voltarão a ser realizados”, ressalta a nota. Por fim, o texto informa que não houve alteração quanto às escalas de trabalho. “Desde a mudança do secretário, acabou a obrigatoriedade de fazer horas-extras pelos servidores e, aqueles que preferirem realizar, devem manifestar interesse”, finaliza o texto.
O titular da pasta, Oto Eduardo Amorim, acrescenta que o município busca fazer a segurança da melhor forma possível. “Nós nos preocupamos com a atuação dos guardas municipais e, principalmente, com o estado de saúde dos servidores. Estamos fazendo diversas melhorias para qualificar o trabalho da GM, mas a saúde de cada um sempre será nossa prioridade”, disse Amorim.
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