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Notícias | Região Vida no crime

Réu executado em Novo Hamburgo já tinha levado cinco tiros à queima-roupa na Serra

Acusado de roubos, furtos e tráfico foi assassinado por motoqueiros na noite desta terça-feira no bairro Santo Afonso

Por Silvio Milani
Publicado em: 31.03.2021 às 20:52 Última atualização: 31.03.2021 às 21:20

Executado na noite de terça-feira (30) por dois motoqueiros em beco no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, Luciano Roso do Nascimento, 32 anos, era acusado de roubos, furtos e tráfico no eixo Vale do Sinos-Serra. Há pouco mais de dois anos, tinha sobrevivido a cinco tiros, na cabeça e costas, em Caxias do Sul.

A Brigada Militar foi avisada, por volta das 22h30, sobre um corpo na Rua Erni Hugo Feltes. Os policiais encontraram a vítima de bruços na via pública, com diversos tiros, mas não conseguiram muitas informações. Somente que dois homens armados saíram do beco, chamaram a vítima pelo nome e abriram fogo. De capacetes, teriam subido em uma moto e fugido em alta velocidade.

Vício e crime

A identidade da vítima foi confirmada na tarde desta quarta-feira (31) pela delegada de Homicídios de Novo Hamburgo, Ariadne Langanke. Sobre motivação e autoria, ela foi sucinta. “Estamos investigando.” Luciano vivia na rua, conforme familiares, por causa do vício em drogas e a vida no crime.

 

'Milagre' na Serra

Em Caxias do Sul, onde foi condenado por dois roubos a pedestre, o hamburguense recebeu a “bênção de um milagre”, conforme conhecidos. Sobreviveu a cinco tiros à queima-roupa após vários dias em estado grave na UTI do Hospital Pompeia, em dezembro de 2018. O ataque foi praticado por um encapuzado, que entrou em um bar e abriu fogo contra Luciano. Em meio a outros homens, ele foi o único alvo. O hamburguense estava foragido do semiaberto.


Recurso no STJ e discussão por causa de algemas

Em todos os processos, Luciano foi assistido pela Defensoria Pública. Chegou a conseguir, por meio de recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), reverter uma regressão ao regime fechado, em março de 2016. Permaneceu no semiaberto e fugiu.

Também foi pivô de discussão entre defensora e juiz em audiência na 3ª Vara Criminal de Novo Hamburgo, em setembro de 2019. A advogada pública reclamou das algemas. Argumentou que violavam súmula do STF. O juiz Ricardo Carneiro Duarte não concordou. Determinou que, por razões de segurança, Luciano ficasse algemado com as mãos para a frente. Depois da sessão, voltou ao presídio. Mas acabou solto poucos meses depois. Há pelo menos dez anos, intercalava prisões em flagrante, solturas, recapturas e fugas.


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