Publicidade
Notícias | Região Crime bárbaro

Antes de estuprar e matar enteada, padrasto teria ido a culto, diz delegado

Homem de 39 anos, que já tinha histórico de abusos sexuais contra menores de idade, confessou o crime e está preso

Publicado em: 12.04.2021 às 11:05 Última atualização: 12.04.2021 às 11:10

Uno do padrasto foi abandonado em Montenegro Foto: nono
O padrasto de 39 anos que confessou ter estuprado e estrangulado a enteada, de apenas 13, em Bom Princípio entre o sábado (3) e o domingo de Páscoa teria trabalhado e ido ao culto antes do crime que abalou a cidade do Vale do Caí.

Depois de fugir por cinco dias, ele se entregou à Polícia e confessou que estuprou e matou a vítima. Na noite da última sexta-feira, prestou depoimento na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Lajeado (DPPA), quando falou sobre os crimes.

Após o interrogatório, na madrugada do último sábado, ele foi encaminhado ao sistema prisional.

De acordo com o delegado Marcos Eduardo Pepe, que conduziu as investigações, após a ida ao trabalho e ao culto, o homem foi a casa da companheira, onde também morava a enteada. "Por volta das 23h30 do sábado, encontrou a menina na cozinha e disse que ela teria pedido para levá-la para dar uma volta, pois estava triste por ter brigado com a irmã mais nova", descreve.

Para a companheira, mãe da adolescente, o homem teria dito que iria dormir na casa da mãe dele, onde residia. "Daí levou a menina para aquele local, no mato. No caminho, ela tentou se jogar do veículo. Em uma segunda tentativa, teria conseguido. Ele a colocou novamente dentro do carro e seguiu para o matagal, onde praticou os crimes", relata Pepe, sobre o estupro e o estrangulamento.

Fuga

Depois de executar a enteada, o homem fugiu para Montenegro e ficou por lá até a última segunda-feira. Na cidade, pegou um ônibus até Venâncio Aires. Na sequência da fuga, o criminoso teria seguido a pé até Teutônia, no Vale do Taquari, município em que tem familiares.

Quando ficou sabendo sobre a repercussão do caso e das buscas que estavam sendo realizadas pela Polícia, o pedreiro resolveu confessar os crimes. "Um parente o encontrou e o convenceu a se entregar", explica o delegado.

 

Detalhes

Segundo Pepe, apesar de os vizinhos desconfiarem do comportamento do padrasto, essa teria sido a primeira vez em que o estupro foi consumado. "Ele não falou se já havia praticado a violência antes, mas nenhum elemento aponta algo nesse sentido", esclarece. Sobre a relação com a mãe da vítima, o delegado resume: "Fariam um ano juntos, mas não há nada que indique a participação efetiva dela nos crimes".

O homem já tinha histórico de abuso sexual contra menor, inclusive estava em liberdade condicional devido a um crime passado.

Respondia por outros dois estupros e era suspeito de um terceiro, sendo dois deles contra duas menores. A mãe da menina disse à Polícia que sabia do histórico do namorado, mas não acreditava que ele fosse capaz de cometer algo contra a filha.

Entenda o caso

O corpo da menina foi localizado em um matagal, próximo ao arroio Forromeco, às margens da RS-122, com sinais de violência sexual e estrangulamento no domingo de Páscoa. O padrasto, principal suspeito do crime, fugiu no mesmo dia. Seu carro, um Fiat Uno branco, foi localizado próximo da rodoviária de Montenegro.

Muito querida na comunidade, a adolescente frequentava a igreja, onde tinha muitos amigos e tocava flauta. A reportagem não divulga o nome do preso nem da vítima, seguindo as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para preservar a identidade da menor de idade.

 


Quer receber notícias como esta e muitas outras diretamente em seu e-mail? Clique aqui e inscreva-se gratuitamente na nossa newsletter.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.