Durante quatro dias, entre quinta-feira (8) e domingo (11), forças policiais estiveram reunidas em uma operação integrada contra roubos, tráfico e homicídios no Vale do Sinos. A ação, que contou com efetivos da Brigada Militar, Polícia Civil e Guardas Municipais foi concentrada em São Leopoldo e Novo Hamburgo, com base nos bairros Santos Dumont e Santo Afonso. Ao todo, 558 pessoas foram abordadas, e 22, presas durante a investida. Além disso, foram realizadas 30 barreiras, com fiscalização de 317 veículos. Dois deles foram recolhidos, e 15 condutores foram autuados.
A operação incluiu ainda ações de patrulhamento e visibilidade, abordagens policiais qualificadas, incursões nas áreas de atuação e aproximação comunitária. De acordo com o diretor da 3ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (3ªDPRM), o delegado Eduardo Hartz, a escolha dos locais de concentração da operação se deu em virtude da análise dos dados acompanhados pelo programa RS Seguro.
“Verificou-se uma concentração dos homicídios de ambos os municípios nos bairros referidos. As agências de inteligência apontam ainda para pontos importantes de tráfico de entorpecentes na localidade. Sabemos que há uma íntima relação entre o tráfico e os homicídios, por isso as ações operacionais se concentraram nesses locais”, pontua.
Conforme o delegado, a investida policial foi realizada de forma ininterrupta, buscando a identificação e prisão de suspeitos. “Foram mais de 20 prisões ao longo da operação, com apreensões de drogas e dinheiro”, destaca.
“As ações integradas já se tornaram uma constante na nossa região e pretendemos incrementá-las ainda mais. Os crimes patrimoniais violentos, como roubos a pedestres, de veículos, a residências e ao comércio têm diminuído significativamente a cada mês. O controle dos indicadores criminais é tarefa complexa que requer integração, inteligência e ações operacionais direcionadas”, frisa Hartz.
Comandante do 25º Batalhão de Polícia Militar (25ºBPM), o tenente-coronel Sérgio Gonçalves dos Santos também avaliou de forma positiva os resultados obtidos. “Foi muito profícua e quem ganha é a comunidade à medida em que escalamos efetivos e integramos forças em área vulnerável”, diz. De acordo com o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio dos Sinos (CRPO/VRS), o tenente-coronel Carlos Daniel Schultz Coelho, a BM deverá continuar atuando com maior efetivo nessas localidades.
Sensação de segurança
Moradora do bairro Santos Dumont, em São Leopoldo, a auxiliar administrativa Rejane Lucas, de 39 anos, aprovou a ação da polícia. “Dá uma maior sensação de segurança. Nosso bairro tem muita gente boa, trabalhadora, não pode ficar marcado e reconhecido pela violência”, opina. Para ela, ações como essa deviam ser recorrentes. “Ideal que ocorresse mais vezes e também em mais pontos da cidade”, avalia.