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Inaugurou em 1956, como Casa Globo, logo após a emancipação do município. Ganhou o nome de Presencial já na década de 1980. A livraria é administrada por ele e sua filha, Luciana, e fica junto à casa onde moram. Vende literatura geral na loja física e pela Internet. Há ainda um acervo disponível para consultas.
O marca páginas do estabelecimento deixa claro que os serviços oferecidos vão além da venda de livros, incluindo "tempo e espaço para diálogo". Há mais de 40 anos, o livreiro dá também palestras em escolas sobre a história de Sapiranga.
A paixão de Arti pelos livros vem desde a infância. Sempre teve fascínio pelos dicionários. A venda de livros iniciou em 1943, em um espaço dentro da empresa de construção em que trabalhava como auxiliar de escritório.
"Adquiri até certa tarimba para fazer desenhos arquitetônicos. Inclusive, fui homenageado pela Igreja Católica há uns três anos, mesmo sendo protestante, porque prestei um serviço quando menino e não sabia", recorda. Participou da elaboração da planta da primeira igreja católica de Sapiranga.
Em quase 80 anos de mercado editorial, viu nascer e morrer outras grandes empresas do setor.
Apesar da idade - "tenho 100 anos, menos 7% de desconto" - Arti segue lúcido e com boa memória. Durante a entrevista, disse não querer elogios ou alarde. "Só escreve lá que existe uma livraria em Sapiranga", pediu. Fica registrado, portanto, que há uma livraria em Sapiranga. Mais do que isso, há uma livraria com história, um espaço para se compartilhar conhecimento.
Em 1972, a loja venceu o primeiro concurso de vitrinas - assim, com 'a' no final, prefere Arti - da cidade. Os livros vendidos pela Presencial já cruzaram oceanos e continentes. "Em meados de 2012, tinha uma escola na China para brasileiros. Durante três anos, pessoas daqui levaram os livros da Livraria Presencial", garante o livreiro.
