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Notícias | Região Corrida contra Covid

Entenda o que provocou a falta de Coronavac para a 2ª dose

Várias cidades da região já suspenderam a aplicação do imunizante; Estado receberá novo lote de vacinas esta semana, mas apenas da Astrazeneca/ Fiocruz

Publicado em: 28.04.2021 às 12:26

Coronavac está em falta para aplicação das segundas doses Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou que nova remessa de vacina contra a Covid-19 deve chegar ainda esta semana ao Rio Grande do Sul, em dia ainda não definido. Este 15º lote, no entanto, vai conter apenas doses da Astrazeneca, imunizante produzido pela Fiocruz. Será a primeira vez que não será enviado nenhuma dose de Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butatan.

Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, uma nova entrega de vacinas será feita ao Ministério da Saúde somente na próxima segunda-feira, dia 3 de maio. A data excede o prazo de 30 de abril, previsto para o Butantan concluir o contrato de 46 milhões de doses ao MS. O atraso se deu por conta do envio tardio do IFA (insumo farmacêutico ativo), por parte da China. O insumo chegou em 15 de março, uma semana após o prazo. 

Desde o fim de março, quando o governo federal passou a orientar que não era mais preciso reservar metade dos lotes da Coronavac para garantir a segunda dose, os municípios começaram a aplicação massiva da vacina. Com esse atraso, a aplicação da segunda dose foi suspensa em várias cidades da região, como em Novo Hamburgo, Estância Velha, Morro Reuter, Igrejinha e Sapiranga, por exemplo.

Por ora, a imunização segue, mas somente para a aplicação da primeira dose e com a Astrazeneca, que tem 90 dias de prazo para a segunda dose. Lembrando que não é possível aplicar vacinas distintas. A primeira e a segunda dose devem ser feitas com o mesmo imunizante. 

Morro Reuter
2ª dose deve ser feita assim que houver vacina

 

 

 

A recomendação é que a segunda dose da Coronavac seja feita entre 14 e 28 dias após aplicação da primeira. Com o atraso, muitos idosos não conseguirão cumprir o prazo, o que não deve ser motivo para desistência.

Conforme o Ministério da Saúde, em orientação emitida ontem, mesmo passando a data prevista é preciso tomar a dose assim que possível. Ou seja, assim que disponível a dose no município. A nota do MS salienta ainda que é improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas Covid-19 ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal.

Para a coordenadora do mestrado em Virologia da Universidade Feevale, Juliane Fleck, a recomendação é que se tenha uma logística adequada para garantir a aplicação das duas doses dentro do prazo definido. "Em vista da falta de logística adequada, o que se recomenda é, diante da segunda dose ser essencial, priorizar para que todos recebam a segunda dose o mais próximo do intervalo possível. É importante que as pessoas sejam vacinadas", destaca.

 


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