Nesta terça-feira, sindicância do Hospital Lauro Reus confirmou que houve falta de oxigênio na manhã de 19 de março. No dia do fato, o hospital negou que tivesse havido falta de oxigênio aos pacientes, “devido à rápida ação da equipe assistencial” e tratou o caso como “uma instabilidade na rede central de distribuição de oxigênio.”
A sindicância da comissão formada por diretores e funcionários do hospital concluiu que houve falha no sistema de reabastecimento de oxigênio. A comissão afirma que a empresa Air Liquide, que fornecia oxigênio, falhou. “O relatório conclui que houve a falta de abastecimento de oxigênio líquido por parte da empresa, onde a mesma deixou... transcorrer o prazo no sistema central de backup (sistema de reserva de oxigênio gasoso medicinal)”, consta no relatório. A Air Liquide teria sido comunicada um dia antes que otanque de oxigênio estava em níveis baixos, mas não teria feito a reposição do produto antes dele acabar.
A mesma informação consta no relatório preliminar divulgado pela CPI. No entanto, a CPI destacou que a equipe de manutenção do hospital não tinha profissional habilitado para acionar de forma manual a segunda bateria reserva, que possui um conjunto de cilindros de backup. Um ex-funcionário, que havia se desligado do hospital cinco dias antes, precisou ser chamado para auxiliar na situação. Isso não foi abordado pela sindicância do Lauro Reus.
A recomendação da comissão é que o contrato do hospital com a Air Liquide seja rompido. Enquanto isso não ocorre, a Air Liquide segue fornecendo oxigênio ao Lauro Reus.