Publicidade
Notícias | Região Reforço é necessário

Segunda dose atrasada? Veja o que diz especialista

Mesmo que o ideal seja não ter atrasado, não deixe de fazer a segunda dose mesmo depois

Por Joceline Silveira
Publicado em: 19.05.2021 às 03:00 Última atualização: 19.05.2021 às 07:26

Reforço é necessário para que se tenha a imunização completa contra o novo coronavírus Foto: Diego da Rosa/GES
A CoronaVac, imunizante produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório farmacêutico chinês Sinovac, tem a previsão de intervalo de até 28 dias entre a aplicação da primeira e da segunda dose. Com o atraso, muitos idosos não conseguirão cumprir o prazo, mas isso não deve ser motivo para desistência, dizem especialistas.

O reforço é necessário para que se tenha a imunização completa contra o novo coronavírus. A falta de vacinas tem preocupado os hamburguenses que já receberam a primeira dose e estão com o prazo da segunda aplicação vencendo.

Leia notícias sobre coronavírus

Conforme levantamento da Prefeitura, 15.510 pessoas ainda estão na fila para completar o esquema vacinal com o imunizante produzido pelo Instituto Butantan.

Conforme o Ministério da Saúde, em orientação emitida no mês de abril, mesmo passando a data prevista é preciso tomar a dose assim que possível. Ou seja, assim que disponível a dose no município. A nota do MS salienta ainda que é improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas Covid-19 ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal.

A coordenadora do mestrado em Virologia da Universidade Feevale, Juliane Fleck, alerta para a falta de evidência científica para comprovação do efeito da segunda dose com atraso, mas ressalta que é melhor garantir o esquema vacinal completo. "Mesmo com atraso, é melhor fazer a imunização completa do que receber apenas a primeira dose", explica.

O que acontece

O que está em jogo no caso do atraso é a eficiência da proteção vacinal. "O Chile realizou um estudo que apontou que a eficácia de apenas uma dose da CoronaVac é de 16%. É muito pequena para prevenir uma infecção", informa a especialista Juliane Fleck.

De acordo com a coordenadora da Virologia da Feevale, o atraso da segunda dose é bastante preocupante porque o indivíduo tem mais chances de ficar doente enquanto aguarda a aplicação. "A pessoa não perde a imunidade constituída após a primeira dose. E a segunda dose vem como um reforço, uma forma de estimular o corpo a produzir um número ainda maior de anticorpos", explica.


Receba notícias diretamente em seu e-mail! Clique aqui e inscreva-se gratuitamente na nossa newsletter.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.