A CoronaVac, imunizante produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório farmacêutico chinês Sinovac, tem a previsão de intervalo de até 28 dias entre a aplicação da primeira e da segunda dose. Com o atraso, muitos idosos não conseguirão cumprir o prazo, mas isso não deve ser motivo para desistência, dizem especialistas.
O reforço é necessário para que se tenha a imunização completa contra o novo coronavírus. A falta de vacinas tem preocupado os hamburguenses que já receberam a primeira dose e estão com o prazo da segunda aplicação vencendo.
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Conforme levantamento da Prefeitura, 15.510 pessoas ainda estão na fila para completar o esquema vacinal com o imunizante produzido pelo Instituto Butantan.
Conforme o Ministério da Saúde, em orientação emitida no mês de abril, mesmo passando a data prevista é preciso tomar a dose assim que possível. Ou seja, assim que disponível a dose no município. A nota do MS salienta ainda que é improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas Covid-19 ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal.
A coordenadora do mestrado em Virologia da Universidade Feevale, Juliane Fleck, alerta para a falta de evidência científica para comprovação do efeito da segunda dose com atraso, mas ressalta que é melhor garantir o esquema vacinal completo. "Mesmo com atraso, é melhor fazer a imunização completa do que receber apenas a primeira dose", explica.
O que está em jogo no caso do atraso é a eficiência da proteção vacinal. "O Chile realizou um estudo que apontou que a eficácia de apenas uma dose da CoronaVac é de 16%. É muito pequena para prevenir uma infecção", informa a especialista Juliane Fleck.
De acordo com a coordenadora da Virologia da Feevale, o atraso da segunda dose é bastante preocupante porque o indivíduo tem mais chances de ficar doente enquanto aguarda a aplicação. "A pessoa não perde a imunidade constituída após a primeira dose. E a segunda dose vem como um reforço, uma forma de estimular o corpo a produzir um número ainda maior de anticorpos", explica.
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