A prefeitura de Campo Bom deu 24 horas para que a direção do Hospital Lauro Reus explique a nova pane no sistema de oxigênio, ocorrida na manhã desta segunda-feira (7). O documento assinado pelo prefeito, Luciano Orsi, o secretário de Saúde, João Paulo Berkembrock, e o Procurador-Geral do Município, Pedro Azevedo, pede que o diretor do hospital, Alexandre Andara, se manifeste sobre o problema e também quais as eventuais consequências.
"Nosso dever é zelar pela saúde de nossa gente e não nos furtaremos de exigir do hospital esclarecimentos", afirma o Luciano Orsi.
Em nota, ainda na manhã de hoje, a direção do Lauro Reus afirmou que está em contato com a prestadora do serviço para esclarecer a situação ocorrida no início da manhã de hoje. Mas que, "no momento, os níveis foram checados e o abastecimento se encontra normalizado". A direção também nega morte ou prejuízo ao tratamento dos pacientes internados.
Segundo relato de um técnico do hospital ao vereador Celso Rodrigues da Silva (Republicanos), que é integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a pane de março no Lauro Reus, o sistema teria sido acionado às 7h28, após identificar uma baixa pressão. Em poucos minutos, a situação teria sido resolvida, voltando a normalidade."
Em 19 de março, por conta de uma falha no mesmo sistema de oxigênio, ao menos seis pacientes morreram. Eles estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na Emergência. O inquérito da Polícia Civil e do Ministério Público, no entanto, investigam outras 15 mortes de pacientes registradas nas horas e dias seguintes à pane.
"De acordo com relatos amplamente divulgados pela imprensa e pela comunidade neste dia 7, teria ocorrido pane no sistema de abastecimento de oxigênio do Hospital Lauro Reus, de Campo Bom. Com a finalidade de esclarecer os fatos e zelar pela vida dos cidadãos, o prefeito Luciano Orsi, o secretário de Saúde João Paulo Berkembrock e o Procurador Geral Pedro Azevedo notificaram o diretor do Hospital, Alexandre Andara, exigindo que no prazo de 24 horas a instituição se manifeste a respeito do ocorrido e eventuais consequências.
“Nosso dever é zelar pela saúde de nossa gente e não nos furtaremos de exigir do hospital esclarecimentos”, enfatiza Luciano Orsi. Para Berkembrock, a notificação visa esclarecer os fatos e certamente buscar soluções. “Não podemos e não vamos permitir que fatos coloquem em risco a saúde da população”, finaliza João Paulo."