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Notícias | Região Falta de oxigênio

'Houve falha humana', diz presidente da CPI do Lauro Reus

Relatório final será votado nesta tarde na câmara de vereadores de Campo Bom

Por Matheus Chaparini
Publicado em: 22.06.2021 às 11:29 Última atualização: 22.06.2021 às 11:32

O relatório que será votado na tarde desta terça-feira (22) pelos vereadores de Campo Bom trará a constatação de que a falta de oxigênio no Hospital Lauro Reus, em 19 de março, foi causada por falha humana. 

Problema no sistema de oxigênio é alvo de CPI Foto: Carlos Rissotto/GES-Especial

O presidente da CPI da câmara, Jerri Moraes (MDB), participou do Ponto e Contraponto, da rádio ABC 103.3 FM. O programa contou também com as presenças do ex-prefeito de Novo Hamburgo e ex-deputado federal Tarcísio Zimmermann e do advogado Fábio Adams. A Polícia Civil indiciou oito pessoas.

Durante o programa, Moraes comentou sobre a investigação. Ao longo de três meses, foram ouvidas 16 pessoas. O relatório final tem quase duas mil páginas. No plenário, será lida uma versão resumida, com cerca de 20 páginas. Em seguida, abre-se o espaço para a manifestação dos vereadores. Por fim, o relatório será votado. Existe a possibilidade de pedido de vistas, mas o presidente da CPI afirma que é pouco provável.

“A população de Campo Bom pode esperar uma resposta concreta, sim. Houve falha humana, houve falha mecânica, talvez por consequência da falha humana. Mas isso tudo será esclarecido hoje à tarde, na leitura do relatório”, afirmou.

O vereador afirmou ainda que o sistema de medição do nível de oxigênio funcionou adequadamente e que os dados da telemetria da Air Liquide coincidem com o acompanhamento feito manualmente pelo hospital.

Moraes citou que a CPI foi chamada por algumas pessoas de CPI do silêncio, e defendeu a importância desse sigilo, para não atrapalhar outras investigações em curso. Além da câmara, o caso é investigado pela Polícia Civil e Ministério Público, além de sindicâncias no próprio hospital e na Secretaria Estadual de Saúde.

Troca na manutenção

Na semana em que aconteceu a falta de oxigênio, houve uma troca na manutenção. Foi substituído o engenheiro responsável, que era terceirizado. O presidente da CPI afirmou que a mudança pode ter relação com o problema.

“O engenheiro responsável pela empresa recebeu proposta do Hospital Regina. Ele veio para Novo Hamburgo e entrou uma empresa nova. Esse processo de transição não aconteceu, de um ter passado para o outro a demanda do trabalho em si. Acreditamos que isso pode ter influenciado.”

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