A Polícia Civil de Campo Bom concluiu o inquérito que apurava a relação de outras 15 mortes com a falta de oxigênio registrada no dia 19 de março no Hospital Lauro Reus. A conclusão é de que os óbitos podem ter relação com o problema, ainda que tenham ocorrido em outras datas.
“Esses outros óbitos podem estar relacionados em razão das condições fáticas de passarem pela mesma condição da falta de oxigênio. Todos os pacientes entubados faleceram”, afirma o delegado Clóvis Nei da Silva, responsável pelo caso.
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“Esses pacientes perderam o suporte ventilatório por alguns minutos, sendo socorrido posteriormente por dispositivos conhecidos como ambu, ventilação manual. Essa condição que perdurou por cerca de uma hora pode ter contribuído para os falecimentos, mesmo que em datas diversas”, concluiu o delegado.
O primeiro inquérito, concluído no mês passado, apontou “várias negligências”. Oito pessoas foram indiciadas por homicídio culposo e duas por crime de falso testemunho. Entre elas, estão dois diretores do hospital: Jorge Ricardo Pigatto, diretor-executivo da Associação Beneficente São Miguel, mantenedora da unidade, e a então diretora administrativa do Lauro Reus, Melissa Fuhrmeister Cândido.
Foram indiciados ainda quatro funcionários da manutenção do hospital e dois funcionários da empresa fornecedora de oxigênio, a Air Liquide. Os indiciados por falso testemunho também são funcionários da empresa.