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Notícias | Região Estelionato

Polícia Civil indicia 27 pessoas pelo golpe do cartão contra idosos na região

Ação foi desenvolvida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo

Publicado em: 25.08.2021 às 12:13 Última atualização: 25.08.2021 às 12:13

Vinte e sete pessoas, suspeitas da prática de crime de estelionato por meio do chamado "golpe do cartão" aplicado contra idosos na região, foram indiciadas pela Polícia Civil por organização criminosa . A ação, desenvolvida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo, teve início no setembro de 2020 e foi concluída nesta quarta-feira (25). De acordo com a Polícia, a investida foi desenvolvida através de uma metodologia de investigação na qual se identificou um grupo criminoso que aplicava golpes envolvendo recolhimento de cartões de vítimas para futuro saque e/ou transferência de valores de contas para contas de “laranjas”.

Golpes eram aplicados contra correntistas do Banrisul e do Banco do Brasil Foto: Polícia Civil/Especial

Dando início à operação, denominada de Monero, a Draco realizou o monitoramento de um veículo utilizado por um motorista de aplicativo, suspeito de estar recolhendo dinheiro do crime organizado, no Vale dos Sinos e região metropolitana de Porto Alegre. Em operação conjunta com a PRF, no dia 11 de setembro do ano passado, em abordagem a um veículo em São Leopoldo, foram apreendidos R$ 8.750 em dinheiro na posse de um homem sem antecedentes criminais. Após a apreensão, de acordo com a Polícia, desenvolveu-se a investigação, que descortinou uma rede de investigados, todos envolvidos em crimes de estelionato, praticados contra vítimas idosas, correntistas do Banrisul e do Banco do Brasil. O estratagema era coordenado por dois homens, ambos com vários antecedentes criminais, incluindo estelionato e roubo.

A fraude consistia em selecionar correntistas e realizar telefonemas por meio de mulheres participantes da organização, as quais se passavam por atendentes do sistema de segurança da agência bancária e informavam as vítimas de suposta tentativa de clonagem de cartão, atividade suspeita de cartões de crédito ou movimentações suspeitas na conta bancária. Realizado o contato, tais investigadas convenciam os clientes a entregarem seus cartões de crédito e/ou débito para outros comparsas que se dirigiam às residências das vítimas para coletá-los, inclusive utilizando crachás do respectivo banco.

Depois disso, os estelionatários realizavam transferências para contas de “laranjas”, saques e até mesmo compras pela internet ou em lojas físicas com os cartões retirados das vítimas. Apenas a uma dessas vítimas, conforme a investigação, os prejuízos financeiros chegaram a um montante superior a R$ 200 mil. Imediatamente, após tais subtrações, outros investigados, cooptados exclusivamente para receber o dinheiro ilícito em suas contas pessoais, recebiam os depósitos em troca de remunerações que variavam entre R$ 300 e R$ 500. Em seguida, tais valores eram novamente sacados por integrantes da quadrilha, responsáveis pela coleta dos valores, utilizando-se, para tal, das facilidades de serem também motoristas de aplicativo.

O Poder Judiciário decretou prisões temporárias dos dois principais investigados, sendo que um deles prestou declarações e negou participação nos fatos, enquanto que o segundo restou foragido da justiça.

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