Defesa diz que adolescente que matou cão não fez ameaças à delegada
Advogado afirma que, após o crime, os pais do jovem vedaram o acesso dele à Internet
A defesa do adolescente de Lindolfo Collor de 17 anos que torturou e matou um cachorro ao vivo na Internet na véspera de Natal, em Lindolfo Collor, afirma que ele não é o autor das ameaças de morte feitas após o crime. Em nota, o advogado Vilson Corino diz que, após a apreensão do celular, faca e martelo usados no vídeo, os pais vedaram o acesso do menor à Internet.
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"Em depoimento formal à autoridade policial, o adolescente não nega a autoria [da morte do cão]", frisa o comunicado.
"Todas as provas foram entregues às autoridades, para que tomem as medidas cabíveis, quanto à identificação dos participantes, bem como a correlação com outros fatos de crueldade contra animais, acometidas tanto aqui pela região quanto em outros Estados."
O menor foi internado após depoimento, na tarde desta terça-feira, no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Novo Hamburgo. Está em isolamento.
Divulgação dos dados nas redes
A defesa ainda alerta para a divulgação dos dados do adolescente e da família nas redes sociais. Segundo Corino, a publicação de dados pessoais do jovem está sendo monitorada. Os perfis que forem identificados serão acionados na Justiça.
Entenda
Um adolescente de 17 anos morador de Lindolfo Collor é suspeito de torturar e matar um cachorro durante uma transmissão ao vivo pela Internet. A live foi feita na noite da véspera de Natal (24) por meio de um aplicativo de celular.
Segundo a Polícia Civil, o jovem bateu, estrangulou e esquartejou o animal no box de um banheiro na casa da mãe. A cena foi acompanhada por aproximadamente 30 pessoas, que incentivavam as torturas.
No sábado de Natal (25), após a identificação do jovem, a Polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência onde o cachorro foi morto.
Após a divulgação do caso, a delegada Raquel Peixoto, responsável pela DP de Ivoti, tem sofrido ameaças de morte pela Internet.